Buracos na pista
Conserto de marginal da BR 101 causa reclamações e revolta em Barra Velha
Concessionária recapeou apenas uma das duas mãos da marginal após várias cobranças da comunidade
Juvan Neto [editores@diarinho.com.br]
Moradores e motoristas dos bairros do Sertãozinho e da Vila Nova, em Barra Velha, estão revoltados com o recape executado pela Arteris Litoral Sul, empresa responsável pela exploração do pedágio da BR 101 nas marginais da rodovia federal. Isso por conta do estado de abandono da marginal de acesso a São João do Itaperiú e Barra Velha, local onde há a conexão com a rodovia Saúl Silva SC 415 e também aos bairros sertãozinho e Vila Nova e Vila Paraguai.
Neste ponto, a marginal apresentava vários buracos e uma montoeira de problemas para os motoristas que circulam no local. Carros quebrados no trajeto são comuns.
Na semana passada, após uma cobrança feita pelo prefeito Daniel Pontes da Cunha (PSD), de Barra Velha, junto ao comando da concessionária, a Arteris executou um recape parcial neste ponto, no quilômetro 86. Entretanto, a obra foi parcial. Das duas pistas da marginal imediata ao viaduto do Sertãozinho, apenas uma teve um recapeamento mais extenso.
Da outra lateral, apenas uma concha de asfalto foi colocada num determinado ponto e vários outros buracos continuaram abertos. “Isto aqui é um descaso, porque a gente que mora aqui no bairro está quebrando os carros permanentemente por conta deste abandono”, reforça uma moradora da rua Alfredo Bento de Borba, acesso do Sertãozinho.
“Eles vêm aqui e colocam o recape apenas numa lateral da via”, denuncia a mesma moradora, que pediu ao DIARINHO para não ser identificada. A reportagem esteve no local na quarta-feira, dia 27, e flagrou a condição dos buracos, além do recape mal feito.
Outra proprietária, desta vez uma comerciante da mesma comunidade, diz que “daqui a pouco, os buracos estarão de volta, e inicia uma nova romaria para saber quem vai arrumar”, já que, segundo ela, a prefeitura não sabe se é a Arteris a responsável pelo trajeto; a concessionária já se posicionou de forma contraditória à imprensa, alegando que alguns trechos são seus e outros não.
“Aí parece um jogo de empurra empurra, um jogando por outro, a gente fica no meio dessa indefinição, e cada vez se demora mais por conta desta manutenção precária”, diz a comerciante. Ela lembra ainda que a comunidade sofre com a falta de acostamento na rodovia SC 415, onde pessoas já morreram atropeladas em direção a São João do Itaperiú.
O DIARINHO entrou em contato com a prefeitura através da assessoria de comunicação confirmou que, de fato, a obra foi executada pela Arteris, cabendo à prefeitura apenas o acompanhamento junto ao trajeto e a fiscalização do serviço. A Arteris, também consultada, ficou de se posicionar, mas não retornou até o fechamento da matéria.