Passageiros enfrentaram momentos de tensão na tarde desta segunda-feira, quando um voo da Voepass Linhas Aéreas, que seguia de Congonhas (SP) para Florianópolis, precisou abortar a decolagem devido a um forte cheiro de queimado e de fumaça ter invadido a aeronave.

No momento em que a aeronave estava prestes a decolar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a fumaça começou a sair da turbina, acompanhada de um forte cheiro de queimado, que tomou conta do interior do avião.

Um funcionário da companhia percebeu o problema e alertou o comandante, que abortou a decolagem do voo 2240. "A sorte foi que um funcionário viu e eles abortaram a decolagem. Meu filho e todos os passageiros saíram do avião apavorados", relatou ao DIARINHO o pai de um passageiro, que preferiu não se identificar.

O jovem catarinense tinha viajado para São Paulo para prestar vestibular no domingo e tinha o retorno marcado para o voo das 16h30 desta segunda-feira. Após o incidente, a família decidiu não remarcar a viagem com a Voepass. "Com medo, ele desistiu de viajar com a empresa e estava tentando o retorno por outra companhia aérea", contou o pai.

O pavor foi mais forte no jovem porque em agosto deste ano, o voo 2283, da Voepass, caiu e matou 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. A aeronave tinha saído de Cascavel (PR) e tinha como destino o aeroporto de Guarulhos (SP), quando sofreu a queda no condomínio residencial Recanto Florido, no bairro Capela, no município de Vinhedo, interior de São Paulo.

Aeronave foi pra manutenção

Em nota, a Voepass confirmou que o voo 2240 apresentou uma intercorrência técnica. "Seguindo os procedimentos de segurança, outro avião da companhia realizou a operação, e o voo decolou às 18h46, com 2h16 de atraso", informou a empresa. A companhia aérea alegou ainda que todos os passageiros do voo Congonhas (SP)/Florianópolis (SC) foram atendidos conforme as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A aeronave que apresentou o problema foi enviada para manutenção.