ECONOMIA
SC lidera alta do PIB no sul
Estado também teve o maior crescimento na participação do PIB das regiões Sul e Sudeste
João Batista [editores@diarinho.com.br]
O valor do Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina atingiu R$ 466,3 bilhões no ano de 2022, superando o total de 2021, que foi de R$ 428.571 bilhões. O resultado representa o maior índice de crescimento entre os estados do Sul do Brasil. Entre os setores que mais cresceram, o destaque foi em serviços, com uma participação de 65,4%.
Com o desempenho, Santa Catarina se mantém como sexta maior economia do país e ainda é o estado que apresenta os mais altos índices de aumento na fatia de participação do PIB entre os estados das regiões Sul e Sudeste, ao longo dos últimos 20 anos. O PIB 2022 dos estados foi divulgado na quinta-feira pelo IBGE.
“Essa é mais uma prova de que mesmo sendo um estado pequeno em extensão territorial, o povo de Santa Catarina é gigante na sua força de trabalho, na excelência da produção. Além disso, somos abençoados com belezas naturais que atraem gente do mundo inteiro pra cá e ajuda a nossa economia a se desenvolver cada vez mais”, destacou o governador Jorginho Mello (PL).
Segundo o governo estadual, os dados mostram a trajetória de crescimento e de alto desempenho de Santa Catarina. O estado apresenta as melhores taxas de aumento na participação no PIB nas regiões Sul e Sudeste, que respondem por 70% do PIB nacional.
A alta de Santa Catarina na participação saiu de 3,7% em 2002 para o índice de 4,6% em 2022. Na série histórica, o estado manteve a tendência de crescimento e estabilização em quase todos os anos, consolidando a importância de SC para a economia brasileira.
Entre 2002 e 2022, Santa Catarina registrou um aumento acumulado de 756% no valor do PIB. No mesmo período, o Paraná cresceu 596% e o Rio Grande do Sul 500%, enquanto a média nacional foi de 577%. Entre todos os estados, no mesmo período, Santa Catarina teve o segundo maior patamar de crescimento no PIB nacional.
Na distribuição do PIB per capita no estado, a taxa aumentou 4,92%, atingindo o valor de R$ 61.274. O resultado é o 5º maior do país, atrás apenas do Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso.
Serviços alavancaram resultado
De acordo com os dados divulgados, 2022 foi marcado por uma acomodação generalizada das economias estaduais após o forte crescimento de 2021, quando os estados se recuperaram da retração motivada pelos efeitos da pandemia em 2020.
O setor de serviços participou com 65,4% da economia catarinense, alavancado pela área de comércio (17%) e pela administração pública (12,6%), que reúne segmentos impactantes para a população, como administração, educação, saúde pública, defesa e seguridade social.
O desempenho teve, também, expressiva contribuição das atividades imobiliárias (9,9%) e atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (7,8%). Já a indústria catarinense teve 28,5% de participação, impulsionada pela indústria de transformação (22,9%). A agropecuária teve participação de 6,1%.
Entre as atividades industriais, as áreas que mais cresceram foram na produção de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos, com alta de 21,7%, na construção civil (7,7%) e na indústria extrativa (2,16%). Já a indústria de transformação retraiu 5,4%, após crescimento de 8,4% no ano anterior. A agropecuária cresceu 0,76%.
No mesmo período, o setor de serviços teve crescimento de 10,5% no segmento que inclui alojamento e alimentação, produção de arte, cultura, esporte e recreação. Serviços de transportes, armazenagem e correios cresceram 8,5%, seguidos do segmento de informação e comunicação, com alta de 8,3%. Mais atrás vêm serviços de administração, educação e saúde pública, defesa e seguridade social, com 4%.