Móveis, materiais, utensílios, eletrodomésticos e outros itens deixados do edifício Ivo Agostinho Roveda, na esquina da avenida Atlântica com a rua 4700, na Barra Sul, em Balneário Camboriú, foram doados para instituições de caridade, famílias carentes e órgãos públicos antes da demolição do prédio, que começa nesta semana. A retirada manual de esquadrias, vidros, janelas, portas e elevadores já foi feita.
O prédio de 22 andares e 24 anos de idade tinha apartamentos de até R$ 9 milhões. Ele foi comprado pela construtora Embraed, que projeta um novo arranha-céu o local, com mais de 70 andares ...
O prédio de 22 andares e 24 anos de idade tinha apartamentos de até R$ 9 milhões. Ele foi comprado pela construtora Embraed, que projeta um novo arranha-céu o local, com mais de 70 andares. Após a saída dos moradores, a empresa doou diversos materiais do edifício deixados para trás, por meio do projeto Mobília Solidária, ação social do Instituto Rogério Rosa, ligado à construtora.
Entre os itens doados estão elevadores, portas, janelas, lixeiras, armários, módulos, camas, sofás, poltronas e vasos sanitários. Eletrodomésticos como TVs, aparelhos de ar condicionado, geladeiras e fogões também foram doados. As doações vão ajudar instituições sociais e dezenas de famílias.
O Instituto Fruto das Mãos, que atende mulheres em situação de vulnerabilidade social, recebeu materiais pra construção da sede da entidade. Cerca de 30 famílias atendidas pela instituição também receberam itens. Outra parte dos materiais foram para a nova sede da Ama Litoral, que atende crianças com autismo.
A delegacia regional de Balneário Camboriú foi atendida com outra parte das doações. Os itens serão usados para melhorias nos atendimentos de mulheres vítimas de violência e também destinados às dependências do setor de detenção. A última parte dos materiais foi pra duas famílias afetadas pelas cheias de novembro de 2023. A doação atendeu 14 pessoas com mobiliário completo pra sala, cozinha e quartos.
Demolição inédita
Com o prédio já “depenado”, o próximo passo é a demolição com máquinas da parte estrutural. O trabalho será feito com duas escavadeiras hidráulicas, do topo para a base do prédio, demolindo andar por andar. As máquinas serão içadas para a cobertura do edifício por um superguindaste.
A operação de içamento será a mais alta já feita no país para demolição de um prédio. Cada escavadeira tem cerca de cinco toneladas. As máquinas vão jogar os entulhos pelo fosso do elevador e, embaixo, o material será retirado por caminhões e levado para uma usina de reciclagem de materiais usados na construção civil. A previsão é que o trabalho leve seis meses para conclusão.
A demolição do prédio abrirá espaço para um novo empreendimento de luxo da construtora, que já é dona de terrenos vizinhos que serão incorporados à nova área. O novo arranha-céu terá 270 metros de altura e está em fase de aprovação junto à prefeitura. O projeto é de duas torres, uma de 75 e outra de 65 andares.