Portuários

Comissão aprova anteprojeto da nova lei dos portos que afeta trabalhadores

Proposta agora vai para análise do presidente da Câmara dos Deputados

Portuários de Itajaí protestaram contra mudanças que abrem caminho para a terceirização da mão de obra
(foto: João Batista)
Portuários de Itajaí protestaram contra mudanças que abrem caminho para a terceirização da mão de obra (foto: João Batista)
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Os trabalhadores portuários de Itajaí, em mobilização nacional, protestaram contra as mudanças, mas o anteprojeto para o novo marco legal dos portos foi aprovado na quarta-feira pela comissão especial de juristas criada pela Câmara dos Deputados pra elaborar a proposta. O texto agora seguirá para análise do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que poderá dar início à tramitação como projeto de lei.

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A aprovação teve protestos dos trabalhadores do lado de fora da sala de votação. Ainda na terça-feira, entidades sindicais que representam cerca de 50 mil trabalhadores fizeram uma paralisação ...

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A aprovação teve protestos dos trabalhadores do lado de fora da sala de votação. Ainda na terça-feira, entidades sindicais que representam cerca de 50 mil trabalhadores fizeram uma paralisação nacional que atingiu 32 portos, incluindo Itajaí, onde quase 500 trabalhadores portuários cruzaram os braços. O anteprojeto será a base para a nova legislação dos portos, defendida por entidades patronais e empresas do setor.

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A principal crítica dos portuários é contra a mudança que prevê o fim da exclusividade para contratação de trabalhadores portuários avulsos (TPAs) nos portos públicos, como estabelece a atual Lei dos Portos, de 2013. Segundo os portuários e as entidades laborais, a alteração representa um retrocesso na garantia de direitos e abre caminho para a terceirização da mão-de-obra avulsa e o fim das atividades da categoria.

A comissão especial de juristas que elaborou o anteprojeto foi criada no final de 2023, com presidência do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Douglas Alencar Rodrigues. Relator do colegiado, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), Celso Peel, avalia que a proposta “respeita a tradição e abraça a inovação, conforme os princípios da livre iniciativa e da valorização do trabalho humano”.

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O diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, defendeu a desburocratização. “Isso aproximará mais a gestão de portos públicos e privados. O desafio é que haja governança à altura da flexibilização que a futura lei deverá trazer”, analisou. Membros da comissão, o advogado Eraldo Franzese, do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária de Santos (Sindaport), e a procuradora Flávia Bauler, do Ministério Público do Trabalho (MPT), votaram contra.

“A minha visão é de frustração. Pensei que poderia sair daqui com a solução, mas parece que teremos outros [conflitos] pela frente”, lamentou Eraldo. Com o fim da exclusividade dos TPAs, a contratação seria facultativa do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo).

“[O texto] não informa como será dada essa prioridade, as etapas, o que pode trazer insegurança jurídica. Defendo a manutenção da intervenção sindical como exigência para contratação”, comentou. Flávio também afirmou ser contrária à entrada de empresas privadas pra recrutamento de portuários, pois concorreria com o próprio Ogmo.

O fim da exclusividade está entre as novas regras trabalhistas. Outros pontos preveem um plano nacional de dragagem para navios de grande porte, câmara de autorregulação portuária e a ampliação das competências da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e das autoridades portuárias na gestão dos portos.




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