Uma ex-maquiadora da madrasta de Neymar diz que o jogador não tem nada a ver com a operação Mãos Leves, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que investiga fraudes em máquinas de bichinhos de pelúcia. O jogador apareceu na página oficial de uma das empresas investigadas segurando um urso de pelúcia gigante. Ainda na semana passada, a assessoria de Neymar negou conhecer e ter qualquer ação comercial com a empresa.
A segunda fase da operação rolou na terça-feira passada, contra um grupo acusado de esquema de adulteração das máquinas e uso de bonecos fakes de personagens de marcas conhecidas. Em Santa ...
A segunda fase da operação rolou na terça-feira passada, contra um grupo acusado de esquema de adulteração das máquinas e uso de bonecos fakes de personagens de marcas conhecidas. Em Santa Catarina, houve cumprimento de ordens judiciais em Itapema, onde a empresa tem loja, e em Tijucas. O foco da operação foi o Rio de Janeiro, onde a polícia apura a ligação dos suspeitos com a milícia e o jogo do bicho.
A ex-maquiadora da madrasta do Neymar diz que foi ela quem deu a pelúcia gigante que aparece na foto com o jogador. “Não existe envolvimento nenhum dele com nada. Ele nem sabe que essa empresa existe, até porque quem entregou o presente fui eu. Eu que dei o urso pra ele de presente, sem ter ligação nenhuma com a empresa. Eles [empresa] apenas usaram a imagem por ser um produto deles”, conta.
A maquiadora explica que trabalhou pra madrasta de Neymar de setembro a dezembro de 2022. O presente foi dado em 17 de dezembro de 2022. “Sempre fui fã dele. Tive a oportunidade de prestar meus serviços à madrasta dele durante um período e quis presenteá-lo”, explicou. As fotos do urso ainda estão no perfil do Instagram da empresa Black Entertainment.
Segundo a polícia, a partir de um depósito no Rio de Janeiro o grupo distribuía as pelúcias para máquinas espalhadas em shoppings da região metropolitana do Rio. Os investigados também teriam criado um esquema de adulteração das máquinas, praticando o “golpe da garra fraca”. A perícia nos equipamentos constatou a fraude. A investigação está em andamento.
Pelas redes sociais, a Black Entertainment informou que as lojas do Rio de Janeiro não possuíam autorização pra usar a marca da empresa, “sendo que estavam de forma indevida fazendo uso e exploração” do nome. A situação já estaria sendo discutida na justiça.
“Com relação à operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, a Black Entertainment está tomando conhecimento do procedimento investigatório, que tramita em sigilo, assim, e irá se manifestar sobre o mesmo em momento oportuno”, adiantou, frisando não compactuar com qualquer prática ilícita.