A direção do hospital municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, determinou o afastamento dos pediatras que atenderam Theo Francisco Neumann, de um ano e nove meses, e Eliadh Lubke Rosa, de seis meses. As crianças morreram menos de 24 horas após serem atendidas na unidade, entre domingo e segunda-feira, e as famílias acusam o hospital de negligência médica. A Polícia Civil também vai investigar o caso.
Segundo a nota do hospital, foi solicitado à empresa responsável pelo quadro médico da pediatria o afastamento temporário dos profissionais envolvidos até a apuração completa e a conclusão ...
 
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Segundo a nota do hospital, foi solicitado à empresa responsável pelo quadro médico da pediatria o afastamento temporário dos profissionais envolvidos até a apuração completa e a conclusão do parecer da Comissão de Óbitos Materno Infantil do hospital. “Serão afastados os pediatras responsáveis pelo atendimento. Também estão sendo apurados os responsáveis pelos atendimentos em todo o período de observação que as crianças estiveram no hospital”, informou Syntia Sorgato.
O inquérito policial está sendo conduzido pela Delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Adolescente, sob a responsabilidade do delegado Ighor Araújo. A investigação foi iniciada após Manuela Martins, mãe de Theo, registrar um boletim de ocorrência acusando o hospital de negligência e falta de atenção à criança. Theo teria morrido em decorrência de pneumonia aguda e acúmulo de líquido nos pulmões.
Aline Lubke, mãe de Eliadh, usou as redes sociais para denunciar suposta negligência no atendimento. Ela alegou que ficou sozinha no quarto com o filho e precisou insistir para que a equipe médica prestasse socorro. Até à tarde de terça, Aline não tinha registrado o BO na delegacia. A causa da morte de Eliadh não foi informada.
Laudos periciais
O delegado Ighor solicitou acesso ao prontuário médico e ao exame necroscópico de Theo, que será feito pela Polícia Científica. O corpo do menino está no IML aguardando o envio do prontuário médico para início do laudo pericial.
O delegado marcará para semana que vem o depoimento da mãe e de familiares de Theo. A equipe médica que atendeu a criança também será interrogada.
O policial adiantou que aguardará a conclusão do procedimento do Conselho Regional de Medicina (CRM) para investigar a conduta médica. Só é considerada negligência, segundo o delegado, se a equipe médica tiver deixado de seguir algum dos protocolos previstos pelo CRM. Caso seja comprovada a negligência, os profissionais poderão responder por homicídio culposo – quando a morte acontece mas não há intenção de matar.