“Enfrentei desafios pessoais e políticos, e a traição daqueles que imaginei estarem ao meu lado na campanha eleitoral pesou na minha retirada. A falta de apoio que esperava foi decisiva, mas sigo de cabeça erguida, focado em minha recuperação e no cuidado com minha família”, escreveu.
O anúncio foi a dois dias do prazo final pra registro de candidaturas, até 15 de agosto, e após a Federação Brasil da Esperança (PT/PV/PcdoB) pedir a impugnação da coligação “Itajaí em primeiro lugar”, encabeçada pelo MDB.
A alegação é que o PSB teria declarado apoiar o PT e não se aliar à chapa de Carlos Chiodini (MDB) e Márcio Dedé (UB). “Aos partidos da coligação – PT, PSOL, Rede, PV e PcdoB – e a todos que acreditaram no projeto que propus para nossa cidade, expresso minha mais profunda gratidão.
Aos apoiadores, mesmo não partidários, que se uniram a essa causa, meu sincero muito obrigado. Agradeço especialmente a Jandir Bellini, ex-prefeito de Itajaí, por seu apoio e conselhos valiosos”, disse João Paulo na mensagem de desistência.
De novo
Essa foi a segunda vez que o advogado retirou sua pré-candidatura para prefeito de Itajaí. Antes, em maio, ele tinha desistido devido à morte de seu filho, o produtor musical Jav Gama Neto, que faleceu aos 26 anos, vítima de um AVC hemorrágico.
O nome de João Paulo tinha sido confirmado na convenção municipal da Federação Brasil da Esperança no dia 2 de agosto, com a ex-vice-prefeita de Itajaí, Eliane Rebello (PV), escolhida como candidata a vice-prefeita na chapa. A federação tinha apoio do Psol, Rede e PSB.
Ainda em abril, o presidente estadual do PSB, Israel Rocha, veio a Itajaí declarar apoio a pré-candidatura de João Paulo.
A convenção municipal do partido, em 5 de agosto, porém, não aprovou a coligação com o PT na majoritária, selando apoio à coligação “Itajaí em primeiro lugar”, formada por MDB, UB, PDT, Solidariedade e Mobiliza.
Além da saída do PSB da base de apoio de João Paulo, a coligação também perdeu a aliança com o Solidariedade, que até junho ainda discutia integrar a Frente Democrática de Itajaí, com PT, PDT, PV, PCdoB, Psol e Rede. O PT ainda não se manifestou sobre a desistência de João Paulo.