Cerca de 10 monitores que trabalhavam no Complexo Penitenciário da Canhanduba foram demitidos em julho. As demissões, segundo os monitores, ocorreram sem justa causa, e a empresa não deu explicações para os desligamentos. O grupo pretende se reunir para entrar com uma ação judicial contra a empresa.
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Os monitores acreditam que as demissões estão relacionadas à apreensão de 15 celulares em celas do complexo. “Eles não querem que isso seja divulgado. Todos os monitores passam por procedimentos ...
Os monitores acreditam que as demissões estão relacionadas à apreensão de 15 celulares em celas do complexo. “Eles não querem que isso seja divulgado. Todos os monitores passam por procedimentos rigorosos, como detector de metais e scanner corporal, então é impossível que um monitor entre com qualquer tipo de celular”, alega um dos denunciantes.
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O grupo suspeita que os celulares entraram no complexo com a anuência de um supervisor, assistente ou coordenador, que são os únicos profissionais que podem acessar o local sem passar pelo detector de metais. “Fomos demitidos sem motivo e sem direito de defesa”, explica um dos monitores.
A empresa Soluções Serviços Terceirizados, responsável pela contratação dos monitores, ainda não respondeu aos questionamentos do DIARINHO. Nas redes sociais, a empresa anuncia vagas pro cargo de monitor de ressocialização no complexo penitenciário de Itajaí. A função exige ensino médio completo, disponibilidade de horários e não requer experiência anterior. Além do salário, a empresa oferece adicional de periculosidade, prêmio de assiduidade, vale-alimentação e transporte.
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Responsabilidade da terceirizada
De acordo com a assessoria da Secretaria de Administração Prisional, as demissões de monitores terceirizados são de responsabilidade da empresa. A SAP afirma não ter conhecimento de ilegalidade nas demissões e sugere que a empresa possa estar trocando a equipe ou o tipo de gestão. A SAP destacou que não houve demissões de agentes penitenciários ou policiais penais.