Gabrielle Jordão Portilho. Quem leu este nome na galeria dos campeões nos Joguinhos Abertos, no time de futsal feminino de Itajaí em 2013, não imaginava que, 11 anos depois, ela estaria sendo decisiva para o Brasil chegar à final das Olimpíadas no futebol feminino.
Multicampeã pelo Corinthians, a atacante passou por várias equipes de SC no início da carreira. Além de defender Itajaí no futsal, ela passou por times como Olympia, Jaraguá, Joinville ...
Multicampeã pelo Corinthians, a atacante passou por várias equipes de SC no início da carreira. Além de defender Itajaí no futsal, ela passou por times como Olympia, Jaraguá, Joinville e Muller. Natural de Ceilândia (DF), ela começou a vestir a amarelinha em 2012, no Mundial da categoria sub-17.
Capitã do Marcílio Divas, Taninha foi companheira de Portilho por três anos no futsal de Joinville, até 2012. “Nós jogamos juntas JASC, Joguinhos, e fut7. Ela sempre foi essa pessoa de grupo, sempre se sobressaiu muito, desde o meu tempo. A gente sempre foi muito parceira. Eu tenho um orgulho muito grande, no Corinthians ela já estava jogando demais, agora defendendo a nossa nação nas Olimpíadas, fazendo o que ela fez nos mata-matas, é um absurdo”, disse Taninha.
A chegada ao Kindermann, de Caçador, fez com que Gabi ganhasse destaque nacional, sendo vice-campeã brasileira. Do Kindermann se transferiu para o São José (SP), onde foi segunda colocada do Brasileirão.
Depois de uma passagem pela Espanha e por outros clubes brasileiros, Portilho chegou ao Corinthians em janeiro de 2020 e escreveu seu nome na história do Timão. Pelo alvinegro, foram nada menos que quatro títulos brasileiros, duas Libertadores e três Paulistões, sob o comando de Arthur Elias.
História com a amarelinha
Na seleção principal, Gabi foi campeã da Copa América em 2022 e esteve no grupo da Copa do Mundo de 2023, mas acabou pouco usada pela técnica Pia Sundhage. Com a chegada de Arthur Elias na seleção feminina, ela ganhou mais espaço. Este ano, foi vice-campeã da Copa Ouro e convocada para as Olimpíadas.
Portilho foi titular apenas nas partidas em que o Brasil venceu nos jogos de Paris, começando pela estreia contra a Nigéria. Ela voltou entre as titulares contra a França e fez o gol da classificação, eliminando as donas da casa por 1 a 0.
Diante da atual campeã mundial Espanha, Portilho foi um dos destaques do jogo. Fez o segundo gol e deu assistência para Adriana marcar o terceiro na goleada por 4 a 2. Mais do que isso, ficou até o final em campo e deu trabalho à defesa adversária.
“Se fala tanto em futebol masculino, mas cadê o futebol masculino nas Olimpíadas? Agora chegou a vez delas fazer em com que as empresas se voltem ao futebol feminino. Tenho certeza que agora, não só para a Portilho, mas para as outras meninas, o marketing vem. Então você precisa de resultados para as pessoas te darem valor, sempre foi assim no futebol feminino”, comenta Taninha sobre a campanha do Brasil.