O professor Gabriel Coelho, atualmente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, será indenizado pelo empresário Luciano Hang em R$ 10 mil por danos morais. Na época em que atuava como professor de Sociologia no Instituto Federal Catarinense (IFC), em Brusque, Gabriel foi acusado nas redes sociais por Hang de “doutrinar” os estudantes e foi chamado de “comunista”.
O caso foi há dois anos. Hang já havia sido condenado ao pagamento de R$ 20 mil, em decisão do juiz Gustavo Cervantes Carrico, do Juizado Especial Cível e Criminal da Universidade Federal ...
 
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O caso foi há dois anos. Hang já havia sido condenado ao pagamento de R$ 20 mil, em decisão do juiz Gustavo Cervantes Carrico, do Juizado Especial Cível e Criminal da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. O empresário recorreu e, nesta semana, a justiça manteve a condenação, mas reduziu o valor para R$ 10 mil. O professor agora aguarda o pagamento da indenização.
Hang fez uma postagem após alunos do IFC prepararem uma festa de despedida para o professor Gabriel com tema "comunismo". Na publicação, feita em 29 de junho de 2022, o empresário classificou como “um absurdo” a festa, que supostamente teria objetos alusivos ao comunismo, e afirmou que o dinheiro público estava sendo usado para “doutrinar os jovens”.
Segundo o processo movido pelo professor, Hang não se informou sobre a ação dos alunos antes de comentar o caso nas redes sociais.
Os alunos fizeram duas festas de despedida para o professor, em tom de brincadeira – uma com tema "comunistas" e outra como uma “despedida bolsonarista”. O professor recebeu até um bolo com uma placa escrita “#Mito2022”.
Ao DIARINHO, o professor afirmou que sempre prezou pelo compromisso ético dentro da sala de aula e jamais faria qualquer tipo de “doutrinação” no exercício de sua profissão. Gabriel também destacou que a decisão judicial mostra que as redes sociais não podem ser espaço para propagação de fantasias e conspirações tiradas do contexto, que acabam expondo e ferindo a honra das pessoas.
Gabriel ainda ressaltou que nunca foi procurado por Hang para explicar o contexto da brincadeira dos alunos. Ele apenas expôs a imagem do professor como se ele tivesse cometido um crime.
O professor disse estar aliviado com a decisão judicial e espera que isso sirva de alento para todos os professores que se sentem perseguidos.