Uma operação da Polícia Federal de Santa Catarina cumpriu cinco ordens judiciais em Itajaí para desbaratar um esquema de fraude na concessão de benefícios previdenciários do INSS. O esquema era gerido por servidores públicos, advogados, consultores e segurados, com a quadrilha abastecendo dados falsos no sistema do INSS e conseguindo liberar benefícios previdenciários fraudulentos. São mais de 400 processos em investigação, sob suspeita de terem sido concedidos de forma irregular.
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Além das cinco ordens judiciais de Itajaí, um sexto mandado de busca e apreensão também foi cumprido em Chapecó. Os alvos da operação em Itajaí foram casas, escritórios de advocacia e ...
Além das cinco ordens judiciais de Itajaí, um sexto mandado de busca e apreensão também foi cumprido em Chapecó. Os alvos da operação em Itajaí foram casas, escritórios de advocacia e de consultoria. A casa de um servidor do INSS e um escritório de serviços administrativos no centro de Itajaí receberam a batida da PF, além do escritório e da casa de uma advogada no bairro Dom Bosco. Os policiais apreenderam documentos e outras provas.
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Pelo levantamento inicial, pelo menos 20 processos, analisados por policiais e integrantes do Núcleo de Inteligência da Previdência, têm irregularidades. Pela investigação, os servidores do INSS aprovaram irregularmente processos de solicitação de benefícios, após a inserção e validação de informações falsas nos sistemas da Previdência Social.
Os servidores aprovaram o benefício com os segurados já recebendo de forma irregular o dinheiro. A PF e o INSS ainda não têm um levantamento do valor que pode ter sido recebido através dos benefícios fraudados, mas estimam cifras milionárias.
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Ninguém foi preso. Os investigados respondem em liberdade pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário e inserção de dados falsos no sistema informativo do INSS, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão. A PF não confirmou se os servidores do INSS estão afastados de suas funções.