A edição deste ano da Race Across America (RAA), uma das provas de ciclismo mais famosas do mundo, nos Estados Unidos, terá um representante de Balneário Camboriú. O ciclista amador de estrada Luiz Gustavo Balena, 49 anos, vai integrar uma equipe formada por mais três brasileiros que vai encarar o desafio de atravessar os EUA em junho. Para completar o percurso, a equipe terá que pedalar cinco mil quilômetros em até nove dias, ou 216 horas corridas.

Luiz Gustavo conta que ele será um dos primeiros catarinenses a participar da prova em 42 anos de história da RAA. A meta da equipe, formada ainda por dois paulistas e um mineiro, é completar o percurso em sete dias. Para isso, serão nove pessoas no staff para auxiliar o quarteto, que irá pedalar durante dia e noite, independente das condições climáticas.

A prova por equipes inicia no dia 15 de junho à beira-mar, na Califórnia, passa pelo deserto da Califórnia, pelas principais cadeias de montanha dos Estados Unidos, e tem a chegada em Atlantic City, em Nova Jersey, do outro lado do país, já na Costa Leste. Os ciclistas irão fazer um revezamento na prova, com cada um pedalando 30 minutos entre 7h e 19h, e 45 minutos entre 19h e 7h.

“Desde que comecei a pedalar, sempre quis fazer por ser a prova mais difícil do mundo. Caso conclua a prova por equipes, pretendo fazer um projeto para buscar patrocínios, porque é uma prova muito cara, com objetivo de retornar para a prova solo. Até hoje, apenas quatro brasileiros terminaram essa prova sozinhos”, explica Luiz Gustavo, que pratica o esporte há 10 anos.

Segundo ele, ao finalizar a prova por equipes, ele se torna habilitado a realizar a prova solo da Race Across America por um período de dois anos. Nesta prova, o ciclista tem 12 dias para concluir o percurso. 

A preparação conta com um treinador em São Paulo, que programa os treinos seis dias por semana, variando de duas a quatro horas por treino, e trabalham diversas variações visando os desafios em solo americano, como velocidade, potência, cadência, resistência e força. Além disso, ele faz exercícios regulares de privação de sono, já que terá que ficar cerca de sete dias “sem dormir” durante a prova.

Desde que comecei a pedalar, sempre quis fazer por ser a prova mais difícil do mundo”