BALNEÁRIO
Jogador de basquete de BC tem perna amputada
Família de adolescente de 15 anos está fazendo vaquinha para comprar uma prótese
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O adolescente Matheus Berlanda, de 15 anos, que joga basquete por Balneário Camboriú, teve uma complicação médica que resultou na amputação de uma das pernas. A perda fez com que a família, que mora em Camboriú, fizesse uma vaquinha on-line para arrecadar dinheiro e comprar uma prótese para ele voltar a jogar.
O link da vaquinha foi compartilhado pela madrasta de Matheus, Sônia Berlanda, nas redes sociais. “Um adolescente cheio de intensidade e sonhos, se vê em um momento de tamanho impacto para os demais anos de sua vida. Seguramente, outro mundo se abrirá frente aos desejos divinos. Afinal sua resiliência e vontade de viver o tornam especial e fadado ao sucesso”, escreveu.
Para Matheus seguir desenvolvendo suas atividades, ele precisa comprar a prótese. “As próteses vão de R$ 30 mil a R$ 120 mil. Sendo que, ainda, existe a necessidade de todo um processo de dessensibilização do membro, fisioterapia e tudo mais. Buscamos este valor para garantir, minimamente, a continuidade funcional de sua vida. Contribua para um jovem que por si só nos ilumina em bondade”, escreveu.
Segundo o secretário de Esportes, Osmar Miranda, Matheus é aluno do basquete de rendimento de BC, tendo aula com o professor Laranjeiras.
A amputação do membro aconteceu no começo do mês de março. O adolescente passaria por um procedimento que tinha em média o tempo de recuperação de 30 dias. No entanto, o médico apertou demais a tala e o joelho necrosou. Com o início da mobilização, a vaquinha arrecadou R$ 39.523,17 de uma meta de R$ 100 mil. O jovem já conta com a doação de 413 pessoas, além do apoio da fundação de esportes e de muitas pessoas da região que ficaram sensibilizadas com sua história.
O secretário Mazinho fará uma reunião com a família ainda nesta quarta-feira para buscar entender como estão as arrecadações e como será feito o procedimento com a prótese, entre outro procedimento para auxiliar a família. Quem puder ajudar o Matheus pode depositar qualquer valor na vakinha, clicando aqui.
Tala apertada demais
Matheus é atleta da Fundação de Esportes e recebe bolsa de estudos do colégio Anglo. No dia 25 de fevereiro ele participou de uma competição no Clube Coqueiros, em Floripa. Lá, ele fraturou o joelho e foi levado para o Hospital Infantil Joana de Gusmão para um atendimento de emergência.
A equipe médica fez uma tala de imobilização no joelho para que ele retornasse ao médico no dia 1º de março para uma cirurgia. Matheus saiu do hospital reclamando de desconforto atrás do joelho, mas os enfermeiros alegaram que era normal e que a fratura iria doer e incomodar.
Ao chegar em sua casa, em Camboriú, Matheus continuou reclamando de dores na perna. “Eu vi que os dedos do pé estavam inchados e com umas bolhas tipo de água. Fomos até o hospital Ruth Cardoso onde ele foi atendido e cortaram a tala. A perna dele já estava roxa, com muitas bolhas de sangue. Eles disseram que não havia ortopedista e iriam encaminhar para o hospital infantil. Um ortopedista e um médico vascular fizeram o primeiro atendimento com o Mateus e disseram que iam levá-lo para o centro cirúrgico com urgência”, conta a madrasta. Ele passou por seis cirurgias para tentar salvar a perna, mas perdeu tecidos e músculo. “Os médicos decidiram, como a infecção estava bastante avançada, para salvar a vida dele, fazer a amputação da perna, procedimento que ocorreu no dia 13 de março”, lamenta.