A investigação da Marinha do Brasil apurou que a embarcação “Manuela Simão”, de Itajaí, que desapareceu na costa do Rio do Grande do Sul com seis tripulantes, no dia 4 de novembro, estava com a tripulação irregular e navegava fora da área de segurança da Marinha.
O encerramento do Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi informado na sexta-feira. No dia 7 de dezembro, a Marinha iniciou a investigação sobre o desaparecimento ...
O encerramento do Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi informado na sexta-feira. No dia 7 de dezembro, a Marinha iniciou a investigação sobre o desaparecimento do barco com seis tripulantes a bordo.
As buscas foram iniciadas antes, em 12 de novembro, logo após a esposa do armador e mestre do barco, Madson Orlando Simão, alertar as autoridades sobre o naufrágio. “Foi apontado o fator imprudência, visto que a embarcação navegava em área não autorizada, estando aproximadamente a 120 milhas náuticas de distância da costa, uma vez que o limite permitido para sua navegação era de até 20 milhas náuticas, em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), por tratar-se de embarcação classificada para mar aberto-cabotagem”, informou a Marinha.
O mestre do Manuela era habilitado como condutor/motorista de pesca (CMP), mas deveria ser habilitado como patrão de pesca de alto-mar (PAP). “Conduzir embarcação ou contratar tripulante sem habilitação para operá-la resulta em penalidade de multa”, concluiu a nota da Marinha do Brasil.
O inquérito ainda apontou que três tripulantes que estavam a bordo não tinham habilitação – o que pode indicar a imperícia l. Além de Madson, desapareceram os pescadores João Maricelo Matos Santana, Rafael Matos Santana, Elizandro Rodrigues Silveira, Arildo Honorato e Edmar Marcelino Ribeiro.
Sem rastro
A embarcação saiu de Itajaí no dia 18 de outubro para pescar atum. O grupo deveria retornar no dia 11 de novembro. No entanto, segundo a esposa do armador, no início de novembro a embarcação perdeu o sinal de GPS na costa do Rio Grande do Sul.
No dia 13 de novembro, a esposa do dono do barco procurou a Marinha do Brasil para comunicar oficialmente o desaparecimento. O último sinal foi no dia 4 de novembro, próximo à costa do Rio Grande do Sul. Antes de perderem o rastreador, não houve qualquer relato de emergência pelos tripulantes.
As buscas com navios e helicópteros iniciaram logo após o comunicado à delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí e foram suspensas no dia 8 dezembro sem encontrar qualquer rastro da embarcação ou dos tripulantes.