Matérias | Entrevistão


Robison Coelho

"Nós não estaremos com o MDB aqui em Itajaí”

Secretário Adjunto de Portos e Aeroportos de Santa Catarina

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]




Ex-vereador em Itajaí, candidato derrotado nas eleições a prefeito em 2020 com 47 mil votos, atual secretário-adjunto de Portos e Aeroportos de Santa Catarina e há um ano filiado ao Partido Liberal. Esse é o perfil de um dos principais nomes para concorrer a prefeito de Itajaí. Robison Coelho, que busca se tornar o primeiro prefeito da cidade após a era de 30 anos das famílias Bellini e Morastoni, é o personagem desta semana do Entrevistão do DIARINHO. À jornalista Franciele Marcon, Robison falou sobre sua trajetória desde a derrota em 2020. Tocou em temas sensíveis ao itajaiense, como a paralisação do porto. Defendeu publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e disse que acredita no legado deixado por ele. Falou do fim dos benefícios fiscais que devem atingir em cheio a cadeia logística da cidade e afetar os bons números da economia itajaiense. Adiantou que o PL de Itajaí, diferente do que se vê no âmbito estadual, não estará com o MDB nas próximas eleições. Robison diz que só aguarda o start do governador Jorginho Mello para ser oficializado como pré-candidato a prefeito pelo PL para sair às ruas. As imagens são de Fabrício Pitella. A entrevista completa, em áudio e vídeo, você confere no Portal DIARINHO.net e em nossas redes sociais.

 

DIARINHO – O Porto de Itajaí está sem movimentação desde dezembro de 2022. O que a secretaria de estado de Portos e Aeroportos e o governo do estado estão fazendo em busca de uma ...

 

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DIARINHO – O Porto de Itajaí está sem movimentação desde dezembro de 2022. O que a secretaria de estado de Portos e Aeroportos e o governo do estado estão fazendo em busca de uma solução?



Robison: O Porto de Itajaí é um porto com delegação municipal. A gestão é da prefeitura de Itajaí. Os portos que são administrados pelo estado bateram recordes de movimentação ano passado: São Francisco cresceu 33%, Imbituba cresceu 8% – foi o melhor ano da sua história. Mesmo não sendo um porto com delegação estadual, nós estamos empenhados em participar desse processo. Já estivemos reunidos com inúmeras empresas do mercado interessadas em vir para Itajaí no edital de longo prazo. Há duas semanas nós estivemos com a DP World, Emirados Árabes, numa reunião, uma missão que foi feita pelo governo do estado. A empresa que quer vir para Itajaí, quer participar do edital de longo prazo. Da mesma forma, nós já conversamos com alguns grandes armadores, dos quatro maiores do mundo. Dois já estiveram conosco e demonstraram interesse em participar desse edital de longo prazo. O que nós estamos fazendo é pressionar. Pressionar para que o edital definitivo aconteça o mais rápido possível. Nós já estamos atrasados. Isso é ruim para o mercado. A empresa que venceu essa licitação, esse contrato transitório, ela anunciou apenas para maio que vai estar apta a iniciar suas operações. Um contrato, teoricamente, de dois anos, seis meses para  começar a operar, praticamente tu tá encurtando esse prazo para um ano e meio. Nós fizemos um movimento, um manifesto de várias entidades, para termos alternativas. Uma das alternativas é que os equipamentos pudessem ser utilizados por outros operadores até a empresa efetivamente trazer carga para Itajaí. [Dando ok para essa solução, a gente já tem uma empresa para, por exemplo, começar a operar?] Sim, bastaria as empresas se qualificarem. Por exemplo, hoje nós já temos uma empresa qualificada, que é a SC Portos – é a única empresa que está qualificada hoje para fazer as suas operações. Nós temos um problema bom para resolver, vamos dizer assim. Santa Catarina vive o seu melhor momento de movimentação de cargas ao longo da sua história. Nós tivemos um crescimento mesmo sem a movimentação do Porto de Itajaí. Um crescimento de 11,4% ano passado. Hoje estamos movimentando 21% de toda carga conteinerizada do país. Mas os nossos portos chegaram próximos do seu limite operacional. É de fundamental importância que Itajaí estivesse apta para receber esses navios.

 

Santa Catarina vive o seu melhor momento de movimentação de cargas ao longo da sua história”


 

DIARINHO – O governo do ex-presidente Bolsonaro, do qual o senhor foi apoiador, não deu conta de privatizar o porto em seus quatro anos de governo. Na ocasião, parte do mercado gostaria que fosse renovada a concessão à APM pra evitar esse hiato do porto ficar sem operador até o novo edital. Por que o governo Bolsonaro exigiu a privatização, mas não a concluiu?

Robison: Bom, eles ensaiaram uma privatização total, conseguiram no porto de Vitória, Espírito Santo, que tá indo muito bem. Isso quebra aquela história de que a privatização não seria um bom modelo. Eu sempre digo que o melhor modelo, para qualquer porto, para qualquer atividade portuária, e inclui Itajaí, é aquele modelo que traz carga. A prefeitura de Itajaí, que tem a delegação do porto, se preocupou em pagar a conta do porto e não se preocupou em pagar a conta da cidade. Hoje nós temos um problema econômico muito sério. Estão deixando de circular recursos na nossa cidade. Recursos que eram dos trabalhadores portuários, dos caminhoneiros autônomos, essa renda deixou de circular na nossa cidade. Está causando um grande prejuízo. O governo Bolsonaro tinha sim interesse na privatização, houve muitos movimentos contrários aqui em Itajaí, o que acabou atrasando o processo. Mas a responsabilidade de administrar o porto é da prefeitura de Itajaí, através de um contrato de municipalização. Foi delegado ao município em 1997, uma delegação por 25 anos, e a responsabilidade era deles. Em vez de buscar alternativas no mercado, eles encontraram alternativas para custear a estrutura política que eles tinham ali dentro. O mercado não reagiu bem. A Superintendência do Porto poderia sim ter feito uma renovação antecipada com a APM Terminals, quando resolveu fazer já era tarde e aconteceu o que aconteceu. [O senhor acha que parte da culpa pela paralisação do porto não é do governo federal em insistir com a privatização sem ter tempo hábil?] A nossa culpa foi não ter conseguido fazer a tempo a privatização. O governo Bolsonaro não conseguiu privatizar até dezembro de 2022. Agora, o município como responsável e como administrador, como responsável pela autoridade portuária, tinha que ter feito essa renovação antecipada. Só para ter uma ideia, em 2018, eu ainda era vereador e presidi uma audiência pública. Eu presidi uma audiência pública na câmara de vereadores, logo após a vitória no segundo turno do presidente Bolsonaro, justamente alertando a autoridade portuária pública municipal do contrato, do vencimento do contrato com a APM Terminals. Faltou habilidade para que houvesse uma renovação antecipada. Quando a APM estava já em negociação com a autoridade portuária eles decidiram lançar aquele edital que acabou vencendo a Ctil. Naquele momento a APM tinha todas as cargas ainda, todas as linhas operacionais. Não era necessário naquele momento fazer aquele edital, mas sim garantir a continuidade com a APM. Acontece que a APM questionava o valor de outorga, que era um valor muito caro, para custear, por exemplo, uma estrutura política que tem dentro da Superintendência do Porto. A Superintendência não abria mão daquela receita. Deu no que deu. Hoje nós não temos a receita nem da APM, nem a receita de ninguém, porque nós já estamos há um ano e dois meses sem outorga, sem aquele recurso que vinha para o caixa da autoridade portuária.

DIARINHO - O governo do estado fará a dragagem a montante do rio Itajaí-açu? Projeto que minimizaria os impactos das enchentes, mas que também ajuda economicamente a região...

Robison: A grande prioridade do governo Jorginho Mello ao longo deste ano, e para os próximos anos, é a dragagem dos rios de Santa Catarina, incluindo o rio Itajaí-mirim e o rio Itajaí-açu a montante. Isso tá dentro daquele projeto Jica, projeto japonês que nós reativamos. Aqui seria sim uma alternativa para iniciar todo esse processo. Nós já temos as licenças ambientais, nós já temos o projeto básico. Nós vamos contratar, agora, o projeto executivo para iniciar essa obra que é de fundamental importância para prevenção das cheias na nossa cidade. De acordo com estudo do projeto básico que nós já temos, com a dragagem aqui, aquelas regiões que foram duramente castigadas na nossa cidade com a enchente do ano passado, de outubro e novembro, o Portal, o Santa Regina, as regiões mais baixas de Cordeiros, a Murta, provavelmente, estariam livres daqueles grandes alagamentos, daquelas grandes enchentes, pela quantidade de terra que nós vamos tirar. Essa é uma das prioridades.


 

Itajaí foi a cidade mais prejudicada no Brasil com a reforma tributária”

 

DIARINHO – A concessão do aeroporto de Navegantes não previa a segunda pista. Como está a negociação para a construção, já que ela é essencial pra melhorar o fluxo de passageiros e o transporte de cargas?


Robinson: Nós já estivemos com a CCR em algumas oportunidades. O governador Jorginho Mello tem liderado esse processo diretamente. A empresa não tem a obrigatoriedade de fazer os investimentos para a segunda pista, mas foi convencida. Através de dados técnicos de retorno de investimento, da importância de eles fazerem esse investimento na região. Nossa região está crescendo muito do ponto de vista de turistas. Tem a questão do transporte internacional de cargas que nós precisamos crescer ainda mais. Essas potencialidades influenciaram a empresa a decidir investir. O que nós estamos aguardando agora é reequilibrar o contrato.

DIARINHO - O ferry-boat, que faz a ligação entre Itajaí e Navegantes, opera há décadas com uma autorização precária do Deter. O serviço recebe inúmeras reclamações, o TCE já deu prazos para o governo estadual fazer o processo de concessão, mas nada “anda”. Haverá uma nova concessão para a travessia?

Robison: Não só a nova concessão, como vai sair o túnel Itajaí e Navegantes. Quando as pessoas falam da gratuidade do ferry-boat, ela é gratuita para a pessoa no dia a dia, pessoa que trabalha, mas esse custo vem para o estado através de um contrato que foi feito há muitos anos. Nós estamos falando de R$ 250 mil, R$ 300 mil por mês que o estado acaba custeando por essa gratuidade. Um serviço que não melhorou ao longo dos últimos anos, que tem muitas reclamações. Além de fazer uma nova concessão, nós temos o governador Jorginho Mello que acertou o aporte de praticamente R$ 120 milhões no projeto do túnel e nos outros projetos do Promobis, que justamente vai ser uma alternativa bastante interessante aqui para a região.

DIARINHO – Justamente, o Promobis, que entre outras ações de mobilidade, prevê a construção do túnel. Essa semana teve uma rodada de negociações a nível nacional. Qual a expectativa para o início das obras?

Robison: O que me deixa muito confiante, confortável com relação a esse projeto, são as empresas que estão por trás. Além das prefeituras, agora o governo do estado aportando, ter passado pelas câmaras de vereadores, a Universidade do Vale do Itajaí, que tem uma credibilidade muito grande que está por trás desse projeto, e a participação do Banco Mundial, que só aporta recursos em grandes projetos. Precisa agora do aval do governo federal. (…) Nós temos históricos ruins na nossa cidade. Pega uma via portuária, nós estamos há quase 18 anos aguardando, desde o início dessas obras. A gente fala de via portuária, o túnel é a via portuária natural, porque vai ter uma ligação com a 470 e com a 101, vai sair direto na rua Blumenau. Um projeto importante que vai atrair muitos outros investimentos para a nossa cidade. Itajaí precisa pensar grande, pensar diferente. Por exemplo, do volume de importação de Itajaí ao longo do ano passado, nós ficamos na frente, por exemplo, de Manaus, que tem a zona franca, da cidade de São Paulo, que é a principal cidade da América Latina, com importação de 13 bilhões de dólares ao longo de 2023. Representa quase R$ 60 bilhões para Itajaí, que acaba trazendo muitos impostos, retorno do ICMS, o ISS das empresas que estão aqui. Hoje, nós vivemos do comércio exterior, mas a reforma tributária que foi aprovada lá em Brasília, ela nos traz desafios. Porque Itajaí cresceu ao longo dos últimos 20 anos por uma série de fatores. Pela qualidade da nossa mão de obra, por localização estratégica, por termos um porto e um outro porto na região, que é o porto de Navegantes, mas também por causa do benefício fiscal. [Sem o benefício fiscal a gente consegue manter essas empresas aqui?] Dificilmente nós vamos conseguir manter todas as empresas aqui. Porque as empresas vão repensar. O que faz uma empresa que vem do Mato Grosso, ou do estado de São Paulo, que tem o Porto de Santos, a utilizar a estrutura catarinense, a estrutura do Porto de Itajaí... Logicamente que eles já fidelizaram, montaram as suas estruturas aqui. Mas a questão tributária acaba influenciando bastante. Nós temos um ICMS de 17% que acaba chegando a 2% dependendo das operações. Primeiro que eu não me considero vencido nessa guerra, porque acredito que a gente possa ter ainda algum respiro lá em Brasília, alguma alternativa. Talvez uma lei complementar que possa beneficiar esse setor. (...) Eu trato o ICMS como preço. ICMS é o preço do estado. Se Santa Catarina tem competência para colocar o ICMS a 2, 3, 4, 5%, independentemente dos governos que passaram desde o advento dessa legislação, que foi lá com o Luiz Henrique, em 2005, 2006, é porque nós tivemos competência para isso. Se nós conseguimos cobrar menos do nosso cliente, é porque nós tivemos competência. A reforma tributária, do ponto de vista tributário, impedindo essa concorrência entre os estados, eu acho que foi muito maléfica. Não somente para Itajaí, para Santa Catarina. Itajaí foi a cidade mais prejudicada no Brasil com a reforma tributária, porque foi a cidade que mais cresceu a nível Brasil graças a incentivos fiscais. Vamos continuar lutando, mas é preciso repensar a nossa cidade e buscar outras alternativas econômicas.

 


“O governador deve definir até o final deste mês, baseado em pesquisas, quem será o candidato oficial do PL”

 

DIARINHO – O senhor se filiou ao PL para ser o candidato a prefeito de Itajaí que terá apoio de Jorginho Mello e de Bolsonaro. Esse acordo está fechado?

Robison: O PL foi o partido que mais cresceu em Santa Catarina. Nós elegemos 11 deputados estaduais, seis deputados federais, o senador, o governador e o vice-governador. Aqui em Itajaí nós temos uma disputa interna: eu e o Rubens Angioletti. O governador deve definir até o final deste mês, baseado em pesquisas, quem será o candidato oficial. Tô trabalhando muito, muito confiante, tenho definida inclusive a data de saída do governo. Mas entendo que existem regras e existem acordos, a gente precisa cumprir. Nós estamos um pouco atrasados, outros partidos já estão lançando os seus nomes como pré-candidatos, nós temos uma disputa interna que não é exclusiva de Itajaí, porque em praticamente todos os municípios existem disputas internas, e é natural pelo crescimento do partido, mas estou muito confiante. Caso seja homologado como candidato oficial, espero muito ter o apoio do presidente Bolsonaro, já estive com ele numa oportunidade. O senador Jorge Seif, governador Jorginho Mello, as nossas lideranças na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

DIARINHO – O governo Jorginho tem o apoio do MDB no estado. Existe possibilidade de MDB e PL estarem juntos na disputa pela prefeitura de Itajaí em 2024?

Robison: O MDB faz sim parte da base de apoio do governador Jorginho Mello na Assembleia Legislativa. Nós respeitamos isso. Eu, como secretário de estado, respeito esse alinhamento a nível estadual. Mas o governador deixou muito claro que vai respeitar as questões locais. Eu fui vereador de oposição, quatro anos depois de perder uma eleição para o atual grupo político, ter o MDB, apoiar um projeto do MDB, seria o mesmo que compactuar com a crise do porto, compactuar com a crise do Semasa, compactuar com um monte de problemas que a gente vê na cidade de Itajaí. Nós não estaremos com o MDB aqui em Itajaí.

DIARINHO – O senhor participou do ato pró-Bolsonaro em São Paulo. Nos quatro anos em que esteve à frente da presidência, Bolsonaro destinou pouquíssimos recursos a Santa Catarina, e a obra da BR 470 é um exemplo disso, pois ficou parada na gestão do ex-presidente. O seu apoio ao ex-presidente é meramente ideológico ou o senhor defende a gestão feita por ele?

Robison: É ideológico e eu defendo a gestão dele. O presidente Bolsonaro, ao longo do seu mandato,  criou alternativas para a vinda da iniciativa privada para fazer os grandes investimentos. A Lei da Liberdade Econômica, por exemplo, que foi aprovada durante o governo Bolsonaro, ela propiciou a vinda de muitos investimentos para nossa cidade. A construção naval cresceu muito durante o período do governo Bolsonaro. Durante o governo Bolsonaro nós entregamos, por exemplo, a obra do berço 4 que hoje está operando aqui em Itajaí. Tivemos a escola cívico-militar ali no Colégio Melvin Jones, que foi um exemplo para a região. Acredito muito no presidente Bolsonaro, defendo o legado dele. Estive com muito orgulho na manifestação no domingo retrasado lá em São Paulo.

 

“Ter o MDB, apoiar um projeto do MDB, seria o mesmo que compactuar com a crise do porto, a crise do Semasa, compactuar com um monte de problemas que a gente vê em Itajaí”

 

DIARINHO – Na última eleição municipal o senhor comentou aqui no DIARINHO que dispunha do apoio dos então vereadores Fernando Pegorini, Rubens Angioletti, Anna Carolina, Beto Cunha, Otto Quintino, Edson Lapa, Níkolas Reis. Quais desses nomes estarão com o senhor numa eventual candidatura sua?

Robison: Nós estamos construindo. Hoje a nossa construção é feita com os vereadores de oposição. Nós estamos conversando bastante, esse é o momento de namorar, a fase da conquista. Mas eu vejo, sim, muitos vereadores da oposição inclinados a uma possível candidatura nossa. [Quem o senhor gostaria que fosse o seu vice? Pode adiantar nomes?] A gente precisa conversar... Como a gente fala na iniciativa privada, a gente precisa conversar com o mercado, conversar com a população... Existem bons nomes na cidade, bons nomes dentro da câmara de vereadores. Nomes fora da câmara de vereadores, fora da política tradicional. A gente precisa conversar, analisar pesquisas, analisar perfil. Conversar bastante a partir do momento que eu me tornar o candidato oficial do PL, se vier a ser confirmado através das pesquisas. A gente vai ter uma maior condição de estar conversando com as entidades de classe, com a própria classe política, com a população de uma maneira geral, para entender qual o perfil adequado para que possa ser vice. Na última eleição, o [Edson] Lapa foi o nosso vice. Eu tenho uma amizade muito grande pelo Lapa, um cara muito bacana. Mas nós tomamos a decisão em menos de cinco dias. Eu não era candidato a prefeito. Eu vinha para uma reeleição à câmara de vereadores. Eu acabei sendo candidato a prefeito porque algumas pessoas que estavam para ser candidatas acabaram declinando muito próximo da eleição. A decisão foi tomada sem tanto planejamento, coisas que nós estamos corrigindo agora. Converso com o próprio Lapa, com o Marcelo Werner, com outros vereadores, líderes de associações. [O senhor poderia citar três nomes para vice?] Vice são aqueles que estiverem alinhados com o nosso projeto. Dos vereadores que estão na oposição a gente vê bons nomes que poderiam participar no setor empresarial, líderes comunitários podem participar. Mas eu seria leviano e injusto com as pessoas se eu apontasse três nomes.

DIARINHO – Por que o senhor quer ser prefeito de Itajaí?

Robinson: Eu me sinto preparado para esse momento. Eu fui vereador durante quatro anos. E fui um vereador que apontei muito dedo, mas tive muitas entregas para a população. Eu não entrei em nenhuma briga para perder, ou apenas para me promover politicamente. Todas as brigas que eu entrei nós conseguimos atingir algum resultado e ter boas entregas para a população. Foi uma eleição bastante disputada em 2020. A derrota me ensinou muito. Desde a derrota, eu fui empreender, eu fui estudar, estudei mercado financeiro. Tive contato com muitas outras prefeituras para entender modelos que deram certo. Essa preparação foi muito importante para que eu pudesse encarar o que eu digo que é o momento mais importante da história de Itajaí que seria a gestão 2025-2028.

 

 

Raio X

 

NOME: Robison José Coelho (PL)

NATURAL: Itajaí

IDADE: 45 anos

ESTADO CIVIL: casado

FILHOS: Marina e Tom

FORMAÇÃO: graduado em comércio exterior, pós-graduado em engenharia de produção; MBA em Internacionalização de Empresas e com Mestrado em Engenharia de Transportes

TRAJETÓRIA POLÍTICA: vereador eleito pelo PSDB para o mandato 2016/2020; segundo colocado nas eleições municipais de 2020; filiado ao PL desde 2023; atualmente é secretário Adjunto de Estado da Secretaria de Portos e Aeroportos.




Comentários:

JORGE66 Reis

10/03/2024 11:34

Se é Bolsonaro terá meu voto !

Jean Renato Ardigó

09/03/2024 21:01

Bolsonaro, Tarcísio (Governador de São Paulo) e Diogo Piloni ( ex secretário dos Portos do inelegível e que atualmente é executivo na Portonave) queriam entregar o Porto de Itajaí para a Portonave. O Porto de Itajaí foi sim delegado ao município, porém, Portos são fronteiras marítimas e dependem do governo federal para autorizar tudo.

Luciano Kneip Zucchi

09/03/2024 13:38

Se acredita no legado deixado pelo maravilhoso ''mitômano'', tem problema, ou mente para os outros. Ninguém sério de verdade, precisa se aliar, ou defender o indefensável, vai por mim!! Prof. Dr. Luciano Zucchi.

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