O aposentado Eduardo Antônio Lopes Cruz, de 70 anos, está indignado com a operadora de cartão de crédito American Express Bradesco. Ele caiu em dois golpes on-line e perdeu cerca de R$ 500 na compra de um óculos e de uma furadeira que jamais foram entregues. A revolta dele é que o Bradesco não quis cancelar as parcelas das compras feitas em 12 vezes.
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Primeiro o aposentado comprou um óculos por 12 parcelas de R$ 9,25. Ele nunca recebeu o produto e não conseguiu cancelar a compra. O segundo golpe foi na compra de uma furadeira no valor ...
Primeiro o aposentado comprou um óculos por 12 parcelas de R$ 9,25. Ele nunca recebeu o produto e não conseguiu cancelar a compra. O segundo golpe foi na compra de uma furadeira no valor de 12 parcelas de R$ 11,03 – quando aconteceu a mesma situação.
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“Nas duas compras ao sentir estar sendo alvo de picaretas, antes mesmo do débito, solicitei o cancelamento da compra, porém disseram que a compra havia sido efetuada, que ligasse nestas lojas e fizesse um acordo, mesmo sendo informados que as lojas são inexistentes. Por diversas vezes tentei falar com ouvidoria do Bradesco, mas não atendem e quando atendem desligam na minha cara”, denunciou.
O aposentado explica que foi pessoalmente ao Bradesco e uma das explicações para não cancelar as parcelas é de que a compra é efetivada quando o cliente recebe a mensagem no celular confirmando a transação.
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No entanto, ele alega que, em 20 anos que dispõe de cartão e conta no Bradesco, nunca recebeu mensagens no celular sobre as compras realizadas. “Não tenho esperança de ressarcimento, mas faço esse alerta porque na internet tem uma infinidade de picaretas com produtos ‘maravilhosos’ a preços ainda melhores. Eu caí no golpe, mas fica o alerta para outras pessoas não caírem”, comenta.
Eduardo levou o caso ao Procon de Itajaí e chegou a passar por uma audiência de conciliação. No entanto, durante o processo a American Express Bradesco alegou que não tem acordo com o consumidor e que ele poderia procurar seus direitos na justiça.
O Procon de Itajaí também adverte para as pessoas fazerem compras on-line com cautela, evitando golpes, porque a Procuradoria de Defesa do Consumidor não tem como fiscalizar essas transações. “O banco transfere o dinheiro mediante autorização do consumidor, mas do outro lado é um criminoso e não uma empresa”, explica o Procon.
O órgão orienta que os consumidores façam as denúncias ao Procon, já que “cada caso é um caso e as denúncias devem ser analisadas individualmente”. A procuradoria lembra que, caso seja comprovada alguma falha interna no banco que permita a aplicação de algum tipo de golpe, ele pode ser responsabilizado.
O aposentado ainda destacou que tentou enviar ao banco uma lista com o nome das empresas que estavam aplicando golpes pela internet, evitando que outras pessoas caiam nos golpes, mas o banco não aceitou a sugestão.