“Rota de fuga”

Itajaí dá a largada para nova rodovia entre a Antônio Heil e a Jorge Lacerda

Ligação entre Itaipava e Espinheiros será acesso alternativo ao atravanco da BR 101

Nova rota seria uma alternativa para evitar filas e um novo eixo logístico e de transporte da cidade
(foto: Arquivo / João Batista)
Nova rota seria uma alternativa para evitar filas e um novo eixo logístico e de transporte da cidade (foto: Arquivo / João Batista)
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A prefeitura de Itajaí deu a largada para a construção de uma nova rodovia que vai ligar a Antônio Heil (SC 486) e a Jorge Lacerda (SC 412), fazendo um corredor entre os bairros Itaipava e Espinheiros. A nova rota seria uma alternativa à congestionada BR 101 e um eixo para transporte e logística em uma região onde cresce o surgimento de empresas, galpões e residências.

A rodovia terá cerca de 10 quilômetros, saindo do elevado do Rio do Meio, na Antônio Heil, até o trevo do Espinheiros, na Jorge Lacerda. Os estudos iniciais apontam uma rodovia com duas ...

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A rodovia terá cerca de 10 quilômetros, saindo do elevado do Rio do Meio, na Antônio Heil, até o trevo do Espinheiros, na Jorge Lacerda. Os estudos iniciais apontam uma rodovia com duas ou três faixas, cruzando áreas rurais na região do São Roque, com pontes sobre o rio Itajaí-Mirim no canal retificado e também sobre o curso original.

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O edital para contratação do projeto executivo foi lançado em dezembro, e em janeiro houve a abertura das propostas. A prefeitura estimava um gasto de R$ 997 mil com o projeto, mas na concorrência pelo menor preço venceu o consórcio formado pelas empresas Eco Litoral, Iguatemi e Grat com proposta de R$ 688 mil.

Os vencedores da licitação participaram de uma reunião na prefeitura na última quarta-feira. As empresas ainda precisam reunir documentos para formalizar o consórcio para aí sim assinar o contrato. A expectativa da secretaria de Obras é, assim que o contrato for assinado, já lançar a ordem de serviço, quando se iniciará o prazo de nove meses para elaboração do projeto executivo.

 

Obra deve custar cerca de R$ 60 milhões

Secretário de Obras, Márcio Dedé, defende que a cidade deve resolver primeiro os problemas municipais de mobilidade (foto: facebook)
Secretário de Obras, Márcio Dedé, defende que a cidade deve resolver primeiro os problemas municipais de mobilidade (foto: facebook)

 

A rodovia foi batizada de Eixo Viário Oeste e a obra em si deve custar cerca de R$ 60 milhões. Segundo o edital, “a necessidade de tal conexão é clara, pois permitirá a ligação direta entre os bairros Espinheiros e Itaipava, na direção norte e sul, eliminando a necessidade de transitar pela congestionada rodovia BR 101 e seus complexos trevos de acesso”.

O secretário de Obras de Itajaí, Márcio “Dedé” Gonçalves, vai além: “muito se fala em Promobis, mas nós devemos primeiro resolver o problema local para depois resolver o problema regional”, garante. Pelos prazos, o projeto deve ficar pronto somente na próxima gestão da prefeitura, mas o secretário defende que a importância da obra faz com que ela avance “seja o governo que for”.

A prefeitura ressalta a relevância do projeto pela mobilidade e desenvolvimento econômico. “A cidade de Itajaí enfrenta desafios significativos em termos de congestionamento de tráfego, especialmente na rodovia BR 101 e seus trevos de acesso. A implantação do Eixo Viário Oeste tem como objetivo principal aliviar esses problemas”, descreve o município. “A implantação da rodovia [...] desempenha um papel fundamental no desenvolvimento urbano e na melhoria da mobilidade na cidade de Itajaí”, acrescenta. 

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O projeto do Eixo Viário Oeste surge no vácuo de soluções para a mobilidade na região. Enquanto ANTT e Arteris não definem obras de ampliação da BR 101 na passagem por Itajaí, tampouco o governo do estado avançou com a proposta de uma rodovia paralela, o chamado Corredor Litorâneo Norte, ligando Joinville e Biguaçu. As prometidas alças no trevo da Antônio Heil e BR 101 também não saíram do papel.

Apesar disso, o governo do estado apoiou a ação de Itajaí. A prefeitura, em reunião com o secretário de estado de Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper, recebeu a promessa do pagamento de R$ 600 mil para ajudar a custear o projeto, praticamente todo o valor a ser contratado. O estado também deverá ser procurado para apoiar a fase seguinte, de início das obras.

Além disso, o traçado do Eixo Viário Oeste é coincidente com a proposta do Corredor Litorâneo Norte. Ou seja, no futuro, o estado poderá fazer a continuidade desta nova rodovia: ao sul, em direção a Camboriú, e ao norte, em direção à BR 470, fazendo a complementação do corredor.

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Meio ambiente e desapropriações

Proposta está na fase de contratação do projeto executivo (foto: reprodução)
Proposta está na fase de contratação do projeto executivo (foto: reprodução)

 

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São dois traçados possíveis, com alternativas cortando o maciço próximo à empresa Incotex ou usando a rua José Gottardi. “Um dos trajetos atravessa uma área com vegetação densa e morro com inclinação acentuada, enquanto o outro, com menos morrarias, acompanha o traçado de uma pequena rua já existente. A empresa contratada para fazer o estudo viário deve realizar uma análise detalhada e abrangente de ambos os trajetos, com o objetivo de determinar qual deles é mais adequado do ponto de vista econômico e ambiental”, diz o edital.

A questão ambiental e de desapropriações são consideradas “complexas” pela prefeitura. O poder público quer que o projeto tenha um “teto” para o corte de vegetação de 3 hectares. Isso porque, caso exceda essa área, o licenciamento é no âmbito do Ibama, considerado mais “moroso” pra conceder a licença. Da mesma forma, o edital cobra que o consórcio vencedor faça um levantamento de preço dos imóveis da região para compor o pacote de desapropriações. A prefeitura busca a melhor opção para não encarecer a execução.

 

 






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Comentários:

Marlon Luís Colla

04/03/2024 12:43

Essa obra é necessária urgente

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