Rótula pra Portonave e acesso à fila do ferry se tornaram gargalos para motoristas
Navetran explica que as alterações, em sua maioria, permanecem enquanto a cidade estiver em obras
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Alteração por conta das obras na rua Nereu Liberato Nunes fazem com que o fluxo da praia e do aeroporto se junte com o dos caminhões na rótula da Portonave (fotos: João Batista)
As mudanças no trânsito na região central de Navegantes por causa de obras têm complicado a vida dos motoristas. Alguns reclamam de maior tranqueira nos horários de pico e que as alterações não são atualizadas em aplicativos como o Waze, que dão orientações incorretas. Outros ainda relatam que a falta de respeito nas rotas de desvio também atrapalha.
A principal mudança é no trecho da avenida João Gaya, ao lado da escola Júlia Miranda, entre a rua Aníbal Gaya e a avenida Santos Dumont, que passou a ter sentido único em direção à rua ...
A principal mudança é no trecho da avenida João Gaya, ao lado da escola Júlia Miranda, entre a rua Aníbal Gaya e a avenida Santos Dumont, que passou a ter sentido único em direção à rua Aníbal Gaya. Antes, a avenida tinha fluxo em direção à praia. A alteração leva em conta as obras na rua Nereu Liberato Nunes, fazendo com que o fluxo das praias e do aeroporto se junte com o dos caminhões na rótula da Portonave.
O motorista por aplicativo Thiago Willian, de 20 anos, reclama que são muitas obras ao mesmo tempo em várias ruas. “E acaba ficando muito transtorno num bairro só, principalmente no centro. Uma hora abre um acesso pra gente passar, daí passa de manhã, mas à tarde já não dá, tem é outro [acesso]”, conta.
Segundo relata, as alterações prejudicam quem trabalha pelos aplicativos de transporte. “O GPS não atualiza 100%. Ele te manda uma rota, mas é uma rota que não dá pra ir”, destaca Thiago, que está no aplicativo há cerca de dois meses, bem no período em que o município fez alterações no trânsito, incluindo a nova entrada para a fila do ferry.
Ele entende que a mudança no fluxo de veículos para o ferry trouxe vantagem em relação ao antigo acesso pela rua da prefeitura, mas devido às obras, tá complicado pegar a fila. “Está tendo bastante transtorno na parte dos horários de pico”, disse, informando que chegou a ficar 45 minutos na rua Júlia Mafra até conseguir entrar na Anibal Gaya, que sai no ferry.
Acaba ficando muito transtorno num bairro só, principalmente no centro” - Thiago Willian, Motorista de APP
Mudanças temporárias
A Navetran informou que não tem recebido queixas formais sobre a questão do trânsito. “Quanto à questão do fluxo, a superintendência entende que os transtornos são temporários, que a população no geral tem entendido isso, e que, atualmente, não há outras alternativas além das disponibilizadas”, esclareceu a assessoria.
As mudanças estão valendo desde o início de fevereiro. Além das obras na região central, foi considerado o início do ano letivo na rede municipal para a adoção das alterações, visando “dar mais fluidez ao tráfego” e evitar gargalos no trajeto às escolas no entorno.
Atualmente, quem sai da avenida Santos Dumont, em frente à praça da igreja Matriz, poderá fazer a conversão tanto para a esquerda quanto para a direita, além de seguir reto o fluxo. Já a rua Aníbal Gaya tem sentido único desde a saída da BR 470 até a avenida Santos Dumont.
A Navetran explica que as mudanças no trânsito são temporárias até a conclusão das obras da rua Nereu Liberato Nunes e que as intervenções e desvios são sinalizados. Já a mudança na fila do ferry, adotada em dezembro, é mesmo definitiva. A promessa é que após as obras em frente à prefeitura e revitalização da praça Nossa Senhora dos Navegantes, vai melhorar a fluidez no entorno e organização na entrada do ferry.
Motoristas não respeitam sinalização
A taxista Márcia Terezinha Moser, que atende o aeroporto, comenta que o acesso ao ferry melhorou, mas ainda está meio confuso e falta sinalização. Ela espera que os problemas sejam resolvidos. “O trânsito, como em toda cidade que tem mudança, tem os transtornos até a coisa fluir e funcionar normal”, avalia.
Também motorista por aplicativo, Cícero Carvalho, de 45 anos, aponta que o problema são os motoristas que não respeitam as sinalizações. Um ponto crítico é em frente ao quartel dos bombeiros, onde a rua Aníbal Gaya se inicia junto à BR 470. O trecho recebe o movimento que vem do aeroporto e se concentra com os caminhões na rodovia que vão pro porto.
“Ali naquele trevo que está dando muito acidente, quem vem de lá [BR 470] pra cá é pra parar. Não parava antes, mas agora é pra parar e a turma não quer parar”, afirma. Para ele, basta seguir as orientações pra não ter transtornos. “O problema está no povo. Quem segue as placas vai sem problemas”, completa.
Dando seu ok, você está de acordo com a nossa Política de Privacidade e com o uso dos cookies que nos permitem melhorar nossos serviços e recomendar conteúdos do seu interesse.