O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso na manhã de quinta, em Brasília, por porte ilegal de arma. A prisão foi em cumprimento de ordens de busca e apreensão da Polícia Federal na operação Tempus Veritatis, que investiga a existência de suposta organização criminosa que teria atuado numa tentativa de golpe de estado após a derrota nas urnas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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As 33 ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A PF faria somente o cumprimento de ordens de busca e apreensão na casa de Valdemar. Mas ele foi flagrado ...
As 33 ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A PF faria somente o cumprimento de ordens de busca e apreensão na casa de Valdemar. Mas ele foi flagrado com uma arma ilegal, o que justificou sua prisão em flagrante.
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A Operação Tempus Veritatis investiga uma organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de estado no dia 8 de janeiro de 2023. Além do presidente do PL, o ex-presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido, também é um dos alvos da operação e o STF deu ordem de apreensão do passaporte dele.
Nas redes sociais, o advogado Fabio Wajngarten, que defende Bolsonaro, postou que “o presidente Jair Bolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes. Já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão e que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados”.
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Delação premiada
A operação foi deflagrada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ter fechado acordo de colaboração premiada com investigadores da PF. Entre os investigados estão o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, e o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
A operação cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados, proibição de sair do país e entrega dos passaportes no prazo de 24 horas. Também há suspensão do exercício de funções públicas.
As medidas estão sendo cumpridas no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.