A defesa do prefeito de Barra Velha, Douglas da Costa (PL), e do secretário de Planejamento, Elvis Füchter, presos na operação Travessia por suspeita de corrupção, ainda está analisando os autos pra apresentação de pedido de soltura. Douglas e Elvis estão detidos no complexo da Canhanduba, em Itajaí.
Eles são do grupo de oito pessoas presas pelo Gaeco na operação deflagrada na quarta-feira. Na ocasião, também foram detidos o secretário de Administração, Mauro Silva; o engenheiro da Secretaria ...
Eles são do grupo de oito pessoas presas pelo Gaeco na operação deflagrada na quarta-feira. Na ocasião, também foram detidos o secretário de Administração, Mauro Silva; o engenheiro da Secretaria de Planejamento Osni Paulo Testoni; e o diretor de Patrimônio, Osmar Firmo. Os outros três presos são empresários e foram para o presídio de Joinville.
A investigação apura crimes de organização criminosa, corrupção e fraudes em licitação. O nome da operação faz referência às obras da nova ponte do bairro Itajuba, erguida após a interdição da antiga estrutura. O projeto de R$ 4 milhões levou mais de dois anos pra ser concluído, após atrasos, paralisações e aditivos de prazos e valores no contrato. A travessia foi liberada em junho de 2023.
A apuração do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), coordenada pelo Ministério Público, vem desde fevereiro do ano passado. Foi apontada a participação de agentes públicos e empresários na execução de obras públicas. Os servidores teriam recebido vantagens indevidas dos empresários contratados, às custas de aditivos e medições supervalorizadas das obras.
A justiça não informou se houve pedidos de soltura dos investigados porque o processo corre em sigilo. O advogado Wilson Pereira Júnior, que atua na defesa do prefeito Douglas e do secretário Elvis, não respondeu até o fechamento da matéria sobre os pedidos de soltura.
Mais um prefeito preso pelo Gaeco
Nesta sexta-feira, uma nova operação do Gaeco no estado prendeu mais um prefeito catarinense. Ari Alves Wolinger (PL), de Ponte Alta do Norte, no Alto Vale do Rio do Peixe, foi detido na operação Limpeza Urbana. O caso investiga crimes de corrupção ligados à contratação de serviços de limpeza.
Além do prefeito da cidade, detido em Florianópolis, também foram presos dois filhos dele e o secretário municipal de Administração. Eles são acusados de exigir de prestadores de serviço o pagamento mensal de 10% dos valores do contrato. Os agentes públicos já teriam recebido cerca de R$ 100 mil no esquema.
Com a nova operação, Santa Catarina soma 18 prefeitos presos no período de um ano e dois meses. Do total, 16 foram alvos da operação Mensageiro, deflagrada em dezembro de 2022 contra um esquema criminoso em contratos de serviços de limpeza urbana.
Todos já foram soltos, com a maioria deixando os cargos, mas seguem respondendo na justiça. No grupo, foram cinco prefeitos do MDB, quatro do PP, dois do PL, dois do PSD, um do Republicanos, um do Podemos e um do Patriota.