O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (Ima) começou nesta semana o aumento no número de coletas semanais em 82 pontos de balneabilidade do litoral catarinense, durante a alta temporada, nas praias que apresentam maior fluxo de banhistas. A medida faz parte de um termo de cooperação entre vários órgãos públicos do estado e vai até o fim de março.
Os 82 pontos escolhidos pelo Ima estão divididos entre Balneário Camboriú (praia Central), Balneário Piçarras, Bombinhas, Florianópolis, Itajaí, Itapema, Navegantes, Penha e Porto Belo ...
Os 82 pontos escolhidos pelo Ima estão divididos entre Balneário Camboriú (praia Central), Balneário Piçarras, Bombinhas, Florianópolis, Itajaí, Itapema, Navegantes, Penha e Porto Belo.
A partir de agora, às segundas e terças acontecem as coletas em todos os 238 pontos monitorados. Enquanto na quarta-feira será realizada a segunda coleta nos 82 pontos. Na quinta, 10 pontos de Balneário Camboriú e 26 de Floripa recebem ainda uma terceira coleta.
O laboratório de análises do Ima vai divulgar nas quartas-feiras o resultado da primeira coleta, nas quintas o resultado da segunda coleta e nas sextas-feiras o resultado da terceira. Todas as informações serão publicadas no site: balneabilidade.ima.sc.gov.br ou pelo aplicativo Praia Segura do Corpo de Bombeiros Militar de SC.
Mais agilidade
O professor Jurandir Pereira Filho, do Laboratório de Química Inorgânica da Univali, explica que para ser considerada própria para banho uma praia precisa apresentar resultados considerados positivos em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas últimas cinco semanas. Porém, a legislação também prevê que esse tempo possa ser mais curto, desde que o intervalo entre uma coleta e outra seja de pelo menos 24 horas.
“Isso significa que uma praia que esteja imprópria pode ser considerada própria mais rapidamente, se as condições melhorarem, sem a necessidade de se esperar cinco semanas pra ter o conjunto de amostras. Claro, se as condições estiverem ruins ou piorarem, com esse intervalo de amostragem, a nova condição pode ser detectada mais rapidamente”, explica o professor.
“Essa frequência não vai tornar as praias melhores ou piores, mas é mais eficiente e rápida para mostrar a qualidade da praia quanto à balneabilidade. Em termos de monitoramento, quanto maior a frequência, mais próximo e preciso vai ser o diagnóstico da condição, pois a condição é dinâmica, podendo variar em função de ventos, chuvas, maré, além da falta ou precariedade do saneamento”, completa Jurandir.
Já o Ima diz que o objetivo da mudança é a transparência. “O aumento da frequência também captará com maior frequência as contaminações fecais recentes das praias, o que manterá os pontos impróprios, quando contaminados”, justifica o órgão ambiental.