Itajaí superou Joinville no ranking do PIB, gerando R$ 47 bilhões em riquezas em 2021
(Foto: Marcos Porto)
Após bater na trave por anos, Itajaí finalmente assumiu o posto de maior economia de Santa Catarina. O estado ultrapassou Joinville, ocupando o primeiro lugar no ranking estadual do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021. A cidade é a 23ª economia do Brasil com a geração de mais de R$ 47 bilhões em riquezas no período.
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Desde 2010, Itajaí estava entre os três primeiros PIBs de Santa Catarina. Ocupando a terceira posição de 2010 a 2012, e se mantendo como segunda economia catarinense desde 2013, segundo ...
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Desde 2010, Itajaí estava entre os três primeiros PIBs de Santa Catarina. Ocupando a terceira posição de 2010 a 2012, e se mantendo como segunda economia catarinense desde 2013, segundo dados da série histórica da Secretaria de Planejamento do Governo de Santa Catarina.
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O município chegou ao topo do ranking com um número que representa um crescimento de 44% em relação ao ano anterior, com R$ 14 bilhões a mais e 0,53% de participação no PIB do país. “Os dados do PIB de 2021 mostram que Itajaí seguiu em crescimento, mesmo sob efeito do segundo ano da pandemia de covid-19. A cidade entrou no ranking das 25 maiores economias do Brasil e se tornou a 1ª de Santa Catarina. Outro fator que contribuiu nesse cenário é a diversificação da economia, o que impulsiona a geração de riquezas”, destaca o prefeito Volnei Morastoni.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge) e dão ânimo num ano em que o município sofre com a paralisação das atividades no porto de Itajaí.
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Como os números analisados no ranking são de 2021, quando a APM Terminals ainda atuava a todo vapor no Complexo Portuário de Itajaí, a paralisação na movimentação de contêineres que completa um ano neste mês não afetou o desempenho no ranking nacional.
Com isso, Itajaí superou Joinville no ranking do PIB, com R$ 2 bilhões a mais de riquezas geradas em 2021. A cidade também é a segunda colocada em SC em relação ao PIB per capita, atrás de Piratuba, e a terceira em geração de empregos.
O município gerou R$ 210 mil por habitante, um acréscimo de mais de 40% na comparação com 2020. O cálculo do PIB percapita dos municípios utiliza a população residente estimada em 1º de julho de 2021.
Para o presidente da Sinduscon, Fábio Inthurn, Itajaí é uma cidade que se transforma ao longo dos anos e vem se tornando polo de serviços em diversas áreas, diversificando a economia. “Somos uma cidade que atrai investimentos em diversas áreas, somos um polo naval, um polo logístico, uma cidade de prestadores de serviços de alto nível da cadeia de serviços de apoio portuário, temos indústrias, mas além de tudo, temos uma qualidade de vida que desperta o interesse de se viver aqui. Por isso a cidade cresce também com sua população, e a construção civil cresce junto, ajudando a dar opções de qualidade a quem deseja trabalhar e viver aqui”, destacou o empresário.
TOP 10 DO PIB CATARINENSE
CIDADE
PORCENTAGEM
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Itajaí
11,14%
Joinville
10,52%
Florianópolis
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5,50%
Blumenau
4,80%
São José
3,23%
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Chapecó
3,20%
Jaraguá do Sul
2,81%
Criciúma
2,35%
Brusque
2,04%
São Francisco do Sul
1,99%)
Palhoça
1,92%
*Dados de 2021
Município é a 3ª maior economia do sul
Porto, setor de serviços e indústrias naval e da construção civil impulsionam o PIB itajaiense (foto: divulgação)
O PIB de 2021 também colocou Itajaí como a 3ª maior economia do sul, atrás apenas das capitais Curitiba (1ª) e Porto Alegre (2ª). Além disso, Itajaí se destacou no setor de serviços, com a 21ª colocação no Brasil em relação ao valor adicionado bruto e uma geração de R$ 20 bilhões em riquezas.
“Chegarmos ao posto de maior economia de Santa Catarina e a 23ª maior do Brasil é extremamente importante, pois os olhares do país se voltam para nossa cidade e certamente propiciarão a atração de iniciativas que geram mais desenvolvimento. Precisamos enaltecer os inúmeros investimentos públicos e da iniciativa privada, que juntos impulsionam Itajaí rumo ao crescimento. É um orgulho receber essa notícia, pois isso reflete o trabalho do povo”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico de Itajaí, Thiago Morastoni.
Bom resultado é anterior à crise no porto
Economista Jairo Ferracioli frisa que o setor de serviços de Itajaí é muito forte (foto: divulgação)
O economista Jairo Romeu Ferracioli, ao falar do resultado conquistado por Itajaí, lembra que os números se referem a 2021, quando o porto de Itajaí estava com plena movimentação. “Em 2021 ele estava operando e tem bastante empresas que giram em torno do porto, como a questão dos serviços, exportação, importação, e isso gera uma riqueza significativa. Outro aspecto importante é a construção civil, que tem crescido uma enormidade. O valor agregado, mais apartamentos, apartamentos com certo valor, em locais como a Brava, tudo isso também gera bastante riqueza para o município”, analisou.
Jairo também considera surpreendente que Itajaí tenha gerado mais que o dobro de riquezas que Blumenau. “A gente olha para Joinville, para Blumenau, que têm um setor industrial muito forte. Mas nós temos o setor terciário, que é de serviços, principalmente relacionado à importação e exportação, além da construção civil e construção naval, com construção de iates e fragatas”, comenta.
O economista acredita que devido à situação do porto no último ano, a cidade não consiga manter o desempenho com a análise dos números de 2022.
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