Golpistas que comandavam o esquema são irmãos e levavam vida de ostentação na região de Balneário Camboriú
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Justiça mandou bloquear R$ 400 milhões em bens
Justiça mandou bloquear R$ 400 milhões em bens
Justiça mandou bloquear R$ 400 milhões em bens
Imóveis e veículos de luxo foram apreendidos na operação da Federal
(foto: divulgação)
Operação da Polícia Federal investiga um esquema de pirâmide financeira a partir de instituições e agentes do mercado de capitais que atuavam ilegalmente. A fraude envolve três irmãos, dois homens e uma mulher, que atuavam na famosa via de investimentos de São Paulo, a Faria Lima, mas tinham apartamentos e escritórios em Balneário Camboriú, cidade onde integrantes da família ainda moravam e onde todo o esquema começou.
Entre os 28 mandados de busca e apreensão, nove foram cumpridos em BC – um deles na avenida Atlântica, onde mora C. B.M. Ela não foi presa. Já os seus irmãos, chefes do esquema, C.M.M. ...
Entre os 28 mandados de busca e apreensão, nove foram cumpridos em BC – um deles na avenida Atlântica, onde mora C. B.M. Ela não foi presa. Já os seus irmãos, chefes do esquema, C.M.M. e G.B.M., foram encontrados em BC e São Paulo. Eles responderão em liberdade, usando tornozeleira eletrônica segundo a decisão judicial. Outros nove investigados tiveram medidas impostas pela justiça federal.
A empresa investigada é a MK Intermediações de Negócios, que começou sua atuação em BC, mas logo expandiu a operação para Curitiba (PR) e São Paulo (SP). São investigadas mais de 50 empresas. Foi determinado ainda o bloqueio e sequestro de aproximadamente R$ 400 milhões em bens, sendo 473 imóveis, 10 embarcações, uma aeronave, 40 veículos de luxo, mais de 111 contas bancárias e três fundos de investimento.
A fraude
O esquema era baseado em uma distribuidora de títulos e valores mobiliários que captou mais de R$ 1 bilhão com sete mil investidores do Brasil e do exterior. O grupo oferecia serviços de investimentos em fundos e criptomoedas sem ter autorização dos órgãos de controle.
A partir dessa captação bilionária de grana alheia, o dinheiro rodava diversas contas para ser “lavado”. O rastreamento da polícia mostrou que a grana passava por uma “centrifugação de dinheiro”, com fracionamento dos valores.
As investigações identificaram investimentos no tráfico de drogas, em crimes contra o sistema financeiro nacional e centenas de fraudes empresariais e fiscais.
Até um jato da quadrilha foi apreendido
Os três irmãos que chefiavam o esquema levavam uma vida de ostentação – vivendo em apartamentos caros, andando em carrões importados, curtindo passeios em lanchas potentes e até com um jato disponível na frota.
A MK Intermediações e Negócios tinha dois escritórios em BC – ambos no centro da cidade. Os dois locais foram alvo de buscas da PF esta semana.
Os irmãos C. e G. tiveram os apartamentos revistados. Uma ordem judicial foi cumprida no apartamento de C. na avenida Atlântica, e outra no de G. no centro de BC. Já C. foi localizado pela PF em São Paulo.
A irmã C., além de sofrer varredura da PF no apê avenida Atlântica, teve ordens judiciais cumpridas em um condomínio onde possui casa .
Em BC, ainda houve três ordens judiciais cumpridas na rua 4600, na rua 3110 e na rua 902. Os três endereços são de pessoas envolvidas no esquema.
Em Palhoça, na Grande Floripa, uma das ordens judiciais foi cumprida no bairro Parque Pedra Branca, um dos primeiros projetados do Brasil. Outras ordens judiciais foram cumpridas em apartamentos da cidade.
Com o esquema que movimentou mais de R$ 1 bilhão, a justiça determinou o sequestro de R$ 400 milhões em bens. Entre as apreensões, além de 473 imóveis, teve um jato apreendido no aeroporto de Bacacheri, em Curitiba (PR).
Também houve a apreensão de 40 carros de luxo, entre Mercedes Benz, Porsche, Ferrari e Audi. Dez embarcações, mais de 111 contas bancárias e três fundos de investimentos foram bloqueados. O saldão da apreensão na operação ainda não foi divulgado.
Esquemão começou em BC
As investigações da PF começaram em 2020, em Balneário Camboriú, seguiram para Curitiba (PR), passando para o centro financeiro do Brasil que é São Paulo.
Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e crimes contra o sistema financeiro nacional, dentre eles fazer operar instituição financeira sem autorização, oferta irregular de valor mobiliário e exercício ilegal de assessoria de investimento.
Acho um absurdo divulgar o nome das pessoas sem sequer haja ainda condenação.
Daqui um tempo são inocentados e dai o nome das pessoas foi para o buraco.
Onde estão as pessoas que foram lesadas?
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