Adeus a Gaza

Refugiada palestina vai recomeçar a vida em Barra Velha

Karime Shalab e dois filhos fugiram da guerra 

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Os dias ainda são  de adaptação para Karime Shalab e seus dois filhos, família repatriada da Palestina no primeiro voo saído do Oriente Médio com destino ao Brasil.  Na bagagem desafios, dúvidas, mas, sobretudo, esperança.

Karime, 44 anos, é gaúcha de família palestina e morava no Oriente Médio desde 1996. Agora ela mora em Barra Velha, cidade que a impressionou pelo crescimento e onde vivem parentes desde os anos 1990. “Eu conhecia Barra Velha, mas há décadas não retornava. Fiquei impressionada”, contou.

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O filho, de 21 anos, veio no mesmo voo direto de Tel Aviv, e já está trabalhando; a pequena, de 10 anos, é a companheira inseparável da mãe nessa nova rotina; já o marido e mais uma filha ainda estão em Ramallah, capital da Cisjordânia e da Palestina, de onde ela saiu.

A cidade, espécie de capital informal da Autoridade Palestina e localizada a 15 quilômetros de Jerusalém, não é alvo dos bombardeios após os ataques terroristas do Hamas e a dura contraofensiva de Israel, mas o medo era constante. “Meu pai veio para o Brasil em 1948, já devido à guerra; e nós todos voltamos em 1996, por conta da liderança de Yasser Arafat”, diz.

“Em Ramallah não foram registrados ataques desde outubro, mas são muitos os conflitos. Há invasões armadas toda hora, ataques de policiais, ameaças, eles atiram e não pensam duas vezes. E nós palestinos somos cidadãos civis desarmados em meio a isso”, observa.

Karime frisa que o governo federal do Brasil agiu rápido para trazer os repatriados – mas faltou um programa oficial para ocupação destas famílias. “O que vai acontecer agora? Não temos colocação profissional, é difícil”, analisa a palestina, que está agora à procura de emprego. Ela é profissional de massoterapia e também especialista em comida árabe.

Karime espera logo estar trabalhando para então locar uma casa ou apartamento e seguir a vida em Barra Velha. Por hora, a rotina segue junto com a irmã, cunhado e sobrinhos, que são comerciantes no município.

Nas primeiras semanas, os passeios na orla e o reconhecimento de pontos turísticos da cidade – como o Costão dos Náufragos e a Praia do Tabuleiro – se misturaram aos momentos de reencontro com a irmã e os familiares. E nas ruas, o reconhecimento de barra-velhenses que viram Karime no vídeo dentro do ônibus que a levaria para o avião, com destino ao Brasil, e onde, ao ser perguntada sobre qual seu destino, Karime respondeu, esperançosa: “Santa Catarina, Barra Velha”.

O voo da primeira aeronave, um modelo KC-30, saiu da Cisjordânia no dia 9 de outubro. O grupo de Karime era composto por 33 passageiros de origem palestina e de várias cidades, aterrissando em Brasília na quarta, dia 11, sob coordenação do Ministério das Relações Exteriores. Outras seis aeronaves seguem à disposição para trazer novos grupos de repatriados.

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