A Marinha do Brasil publicou um ofício nesta semana com orientação à empresa NGI Sul de como a empresa deve agir quando necessitar de mergulhadores para retirar entulhos encalhados na embarcação que faz a travessia no rio Itajaí-açu. Em resumo, a Capitania dos Portos disse que a NGI não pode “trocar a roda com o carro andando”.

O pito oficial foi dado após a Marinha ter conhecimento de um vídeo mostrando um mergulhador atuando na embarcação se movimentando com passageiros. O vídeo mostra os passageiros acompanhando o trabalho do mergulhador no rio. Há carros, motos, bicicletas e pedestres na embarcação.

O ofício foi assinado pelo primeiro-tenente Gabriel Balistieri Santinelli, encarregado da Divisão de Segurança do Tráfego Aquaviário, da Capitania dos Portos de Itajaí, ao administrador Paulo Henrique Weidle, da NGI Sul. “O delegado da Capitania dos Portos de Itajaí incumbiu-me de orientar para que nas próximas operações deste tipo sejam adotadas as seguintes medidas de segurança: interromper a operação e desembarcar os passageiros e veículos; interromper tais atividades quando houver condições meteorológicas adversas, condições severas de correnteza e manobras de embarcações nas proximidades”, orientou o ofício, que listou mais três  recomendações.

As orientações são: utilizar os meios adequados para informar às embarcações próximas a realização das operações de mergulho, tais como boias com bandeiras. Também fazer o balizamento e sinalização adequados, de acordo com o Código Internacional de Sinais, e por último cumprir lista de verificação dos mergulhadores na água.

A Marinha ainda adverte que o não cumprimento das orientações poderá resultar na instauração de inquérito administrativo e sanções. O ofício foi encaminhado com cópia para outras entidades com ligação à navegação. A NGI Sul  não se manifestou até o fechamento desta matéria nesta sexta-feira.