A MMS Empreendimentos, empresa que ofereceu o melhor lance no edital de arrendamento provisório do Porto de Itajaí, não é ligada ao grupo da Marfrig e nem acionista da BRF. A informação foi desmentida pela Marfrig.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários informou que o CNPJ da vencedora é o 48.119.239/0001-0, que pertence a empresa MMS Empreendimentos Ltda, que tem sede no centro de Floripa, e está autorizada a trabalhar com construção civil.

Segundo o site da Receita Federal, a empresa faz instalações e manutenções  elétrica,  hidráulicas, sanitárias e de gás, além de sistemas centrais de ar condicionado, de ventilação e refrigeração, sistema de prevenção contra incêndio, impermeabilização em obras de engenharia civil, acabamento em gesso, pintura de edifícios em geral, obras de fundações e alvenaria, além de outras atividades ligadas à construção civil.

O DIARINHO fez contato com o CEO da MMS Empreendimentos, Fabiano Ramalho, na noite desta quarta-feira, mas ele não quis comentar a vitória parcial no leilão. A proposta foi de 66 000 TEUs (unidade contêiner de 20 pés) a serem operados por mês.  “Podemos conversar amanhã”, disse Fabiano. A MMS ofereceu o melhor lance de movimentação mínima.

Fabiano Ramalho adiantou uma nota oficial da empresa ao DIARINHO. “A MMS está ligada a um grupo de empresas catarinenses e nacionais, com parceiros internacionais estratégicos, e tem o compromisso de contribuir para o crescimento das operações portuárias no Porto Público de Itajaí, devolvendo o protagonismo da atividade portuária para a cidade com sustentabilidade social e ambiental”, diz o documento.

“O plano de negócios do grupo integrado MMS prevê a logística de operações portuárias agora conquistada, mas vai muito além, aproveitando o novo protagonismo do BRICS para a criação de um forte e seguro ambiente de comércio entre Brasil e China, dentre outros países, incluindo o desenvolvimento de uma Câmara de Comércio e uma Câmara Arbitral de âmbito Internacional”, completo a nota enviada por Fabiano Ramalho.

O arrendamento prevê pagamento de R$ 60,63 por contêiner e R$ 5,33 por tonelada de carga geral movimentados. O repasse é previsto mesmo se a arrendatária não cumprir a movimentação mínima e pode chegar à R$ 4 milhões em outorgas ao porto de Itajaí. A oferta da MMS surpreendeu até mesmo a comissão da Antaq, considerando que o volume é acima da média mensal do que vinha sendo operado pela APM Terminals nos últimos anos.

A empresa precisa encaminhar os documentos de habilitação para a Antaq, que fará a conferência no dia 18. O órgão vai conferir se a proposta pode ser cumprida e se a empresa tem condições de garantir a movimentação. Pelo extrato da Receita Federal, a empresa tem patrimônio de R$ 50 mil. O resultado será publicado na próxima terça-feira.