SAÚDE

SC é referência em doações de órgãos

Necessidade de doadores reacendeu tema no Brasil após Faustão entrar na fila pra transplante de coração

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

SC lidera taxa de autorização de doações, com o menor índice de recusa
(foto: Ricaro Wolffenbüttel/Secom)
SC lidera taxa de autorização de doações, com o menor índice de recusa (foto: Ricaro Wolffenbüttel/Secom)
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No momento em que a doação de órgãos virou tema nacional pelo caso do apresentador Faustão, que entrou na fila do SUS para transplante de emergência do coração, Santa Catarina ganha destaque como referência na área.

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O estado é um dos que mais fazem doações de órgãos no ranking brasileiro e foi o único com taxa de autorização acima de 40% no último ano.

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O estado é um dos que mais fazem doações de órgãos no ranking brasileiro e foi o único com taxa de autorização acima de 40% no último ano.

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De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 65 mil pessoas estão na fila de transplante de órgãos no Brasil, entre as quais 386, até semana passada, esperam por um novo coração. O apresentador Fausto Silva, que está internado, se juntou a esse grupo, após ter um quadro de insuficiência cardíaca irreversível  no fim de semana.

É a primeira vez desde 1998 que a fila de órgãos no país passa de 50 mil pacientes. A maior demanda é por um rim, de quase 37 mil pessoas. O tempo de espera depende da gravidade, perfil e total de pacientes. Para transplante cardíaco, a média é de até 18 meses para casos menos graves e até três meses para casos mais graves.

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A estimativa é de que o Brasil tenha um potencial de 16,5 doadores por milhão de população (pmp), taxa que caiu em comparação ao período antes da pandemia, que era de 18,1. Nesse contexto, Santa Catarina tem destaque nacional, com taxa de mais de 40 doadores por milhão de habitantes, mais do que o dobro da média brasileira.

Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em 2022 Santa Catarina registrou a menor taxa de não autorização para doação de órgãos do Brasil. De um total de 728 potenciais doadores notificados, apenas 141 famílias recusaram a doação. O número corresponde a uma taxa de negativa de 28%, mesmo resultado do Paraná, e contrasta com o índice de 47% de recusa no país, o mais alto em 10 anos.

O número de autorizações, de mais de 40% dos potenciais doadores, teve 35 mais pessoas em relação a 2021, somando 329 doadores efetivos em 2022. Além disso, um total de 1521 pacientes foram transplantados, superando a melhor marca até então, de 1507, antes da pandemia, em 2019.

Faustão está na lista de emergências de transplante de coração

 

 

Alta nos potenciais doadores

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A taxa de notificações de potenciais doadores também apresenta crescimento no estado. Santa Catarina e outros dois estados (Paraná e Distrito Federal) ultrapassaram a marca de notificações de 99 pmp, enquanto a taxa nacional foi de 61,9 pmp.

Até dezembro de 2022, o estado tinha uma fila de espera de 1062 pacientes. Do total, mais da metade (560) aguarda  um novo rim, 419 uma nova córnea, 51 um fígado, dois um coração e um por cirurgia de pâncreas. No Brasil, no mesmo período, eram 53.989 pacientes, um recorde histórico para o país.

Abaixo da meta

Os dados mais recentes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, até março, mostram que o Brasil teve alta de 6% na taxa de doadores no primeiro trimestre. A meta para 2023 é alcançar 10%. No caso de transplante de coração, houve alta de 2,3 pacientes por milhão de habitantes, bem abaixo da previsão, de 8 por milhão.

O número de transplantes de coração no país aumentou, chegando a 388 casos por ano, mas, no geral, o total de doadores de órgãos ainda é pequeno. A associação chama a atenção para as grandes diferenças de taxas entre os estados, relativo a todos os órgãos.

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Enquanto SC e Paraná são destaques, com altas taxas de notificações e doações efetivadas, estados como Roraima, Piauí, Espírito Santo e Goiás, apesar de alta notificação de doadores, tem poucas autorizações. Em Minas Gerais, metade dos cadastrados teve a doação negada pelos familiares.

O Brasil tem o maior sistema público de transplantes no mundo e é o segundo que mais faz o procedimento, com mais de 600 hospitais. Foram cerca de 23,5 mil cirurgias em 2021. Do total, quase 5 mil foram transplantes de rim, 2 mil de fígado e 84 de pulmão.

 

Conscientização salva

Santa Catarina apresentou em 2022 o melhor resultado de doadores efetivos, com 44,8 pmp. No ranking, o Paraná aparece em segundo lugar (40,6 pmp), seguido do Ceará (26,7 pmp), São Paulo (20,9 pmp) e Rio de Janeiro (20,0 pmp).

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A secretaria destaca que o resultado para o estado tem a ver com o trabalho da SC Transplantes, entidade que coordena as equipes que atuam na conscientização das famílias para autorização das doações.

“Pela 14ª vez, em 18 anos, conseguimos a liderança isolada da doação de órgãos no país. Nos outros quatros anos fomos o segundo melhor estado brasileiro”, comentou o coordenador estadual de Transplantes, Joel de Andrade.

 




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