Teve uma nova versão no caso do pai de 60 anos acusado de molestar a filha de 12 anos, em Balneário Camboriú. O homem chegou a ser preso na manhã de domingo pela Guarda Municipal, mas foi solto pela Polícia Civil por não haver nenhum tipo de flagrante.
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Segundo informações divulgadas pela Guarda Municipal no domingo, o pai de 60 anos é acusado de molestar a filha de 12. O Conselho Tutelar tinha uma ordem judicial para investigar a situação ...
Segundo informações divulgadas pela Guarda Municipal no domingo, o pai de 60 anos é acusado de molestar a filha de 12. O Conselho Tutelar tinha uma ordem judicial para investigar a situação da menina, que supostamente sofria os abusos do pai. Com apoio da guarda, os conselheiros entraram na casa e encontraram a criança num quarto na manhã de domingo. A menina vestia camiseta e calcinha.
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O homem foi preso e levado para a delegacia, enquanto a menina foi entregue na casa da mãe. Como não houve flagrante, horas depois da prisão o delegado Leonardo Zambeli registrou o caso como “fato atípico” e colocou o pai em liberdade. A investigação do caso, com a apreensão do celular e do computador do suspeito para análise da perícia, continua.
Ketrin Schubert Tavares Bastos Gama, representante do pai da criança, classificou como “arbitrária e abusiva” a ação do Conselho Tutelar e da Guarda Municipal de BC. “As informações repassadas aos veículos de imprensa são falsas. Não há crime cometido (de pedofilia, cárcere privado, maus-tratos) e sim denúncia infundada e ardilosa”, disse a defensora.
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Ela afirmou que a criança de 12 anos mora com o pai por decisão da justiça. “O caso da família é acompanhado há três anos, e a conduta do genitor é ilibada. A ação do Conselho Tutelar e da Guarda Municipal foi arbitrária e abusiva e não respeitou a determinação judicial. A justiça solicitou ao Conselho para comparecer à residência do genitor e verificar se os direitos da criança estariam sendo preservados. Porém, o Conselho, acompanhado da GM e da mãe da criança, foram no local e praticaram os abusos”, disse a advogada.
Ketrin reforçou o que o delegado Leonardo Zambeli já havia dito ao DIARINHO, que o homem não ficou preso porque “não existia situação flagrancial”. “O conduzido não foi autuado por nenhum crime. Os bens do pai foram apreendidos de forma ilegal. Pois não havia nenhuma decisão judicial para a apreensão de equipamentos”, defende a advogada.
MP e Civil vão apurar
Segundo a advogada, o Ministério Público já foi acionado e deve investigar a atuação dos agentes envolvidos, assim como o vazamento de informações sigilosas. Ao DIARINHO, o delegado disse que um inquérito policial foi aberto para investigar o caso. O policial informou que os aparelhos eletrônicos do acusado foram apreendidos e estão com a perícia. “O caso correrá em sigilo por envolver uma criança”, completou o delegado.
O DIARINHO ouviu o secretário Municipal de Segurança Pública de BC, Antonio Gabriel Castanheira, que reforçou que toda a ação da GM foi feita de forma legal e explicou que houve a condução do acusado porque houve “fortíssimos indícios de que alguma coisa estava acontecendo na casa”.
O secretário revelou que o computador do homem estava aberto com imagens de sexo. “Fomos em acompanhamento ao conselho. Ele foi encaminhado à delegacia para que o caso pudesse ser apurado”, reforçou. Castanheira ainda não recebeu questionamento do MP sobre o assunto. Até o fechamento desta matéria, o Conselho não respondeu os questionamentos.