FIM DA LINHA
Polícia prende quadrilha envolvida em três roubos a bancos na região
Criminosos roubaram Sicredi, Viacredi e CredCrea usando armas legalizadas em nome de CACs
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Seis integrantes de uma quadrilha de roubo a banco foram presos nesta quinta-feira em uma operação da Divisão de Investigação Criminal de Itajaí, com apoio da Polícia Militar. As prisões ocorreram em Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú e Tijucas. Com o grupo foram apreendidas quatro armas legalizadas em nomes de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CACs), e cinco simulacros de arma de fogo.
Nos três roubos praticados na Sicredi, Viacredi e CredCrea, eles levaram aproximadamente meio milhão de reais. Os presos têm idades entre 25 e 40 anos. As prisões ocorreram no bairro Dom ...
 
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Nos três roubos praticados na Sicredi, Viacredi e CredCrea, eles levaram aproximadamente meio milhão de reais. Os presos têm idades entre 25 e 40 anos. As prisões ocorreram no bairro Dom Bosco, em Itajaí, no bairro das Nações, em BC, no Cedro, em Camboriú, e no Joáia, em Tijucas, além de duas ordens judiciais terem sido cumpridas no presídio da Canhanduba.
Um sétimo suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de posse irregular de arma de fogo. Durante o cumprimento de uma das ordens judiciais, um dos bandidos resistiu à prisão e outro estava com grana falsa.
Doze ordens de busca e apreensão foram cumpridas, com a apreensão de um rifle, um revólver calibre 380 e duas pistolas, além de cinco armas de fogo falsas, máscara usada para cometer os roubos, R$ 5 mil em dinheiro, aparelhos eletrônicos, quatro veículos, notas e documentos falsos em reais e dólares.
Os presos foram indiciados por roubo qualificado e associação criminosa. As investigações continuam para chegar a outros dois membros da quadrilha e para averiguar outros crimes. “Apreendemos veículos e faremos investigação de lavagem de dinheiro em cima destes veículos e outros vamos pedir o sequestro judicial para que sejam leiloados e os valores ressarcidos aos bancos vítimas dos assaltos”, informou o delegado Eduardo Ferraz.
Segunda etapa
Esta é a segunda fase da operação para prender os responsáveis por pelo menos três roubos a bancos da região. Na primeira fase de operação, em julho de 2022, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e oito de busca, com apreensão de dois fuzis, duas pistolas, uma carabina, um kit drone, coletes e equipamentos táticos.
Em todos os roubos os suspeitos agiam da mesma forma: armados com pistolas e armas longas, atacavam as agências no começo do horário do expediente bancário quebrando o vidro com marreta e roubando a grana dos caixas, além da arma e colete balístico dos vigilantes.
O major do 12º Batalhão da PM, Juarez Cesar Scarant Júnior, destaca que a quadrilha é composta por moradores da região e que vem cometendo crimes desde 2021. “Esses crimes chamaram a atenção das autoridades policiais pelo modus operandis e pelos armamentos empregados que não é típico da nossa região. A ocorrência destes delitos, em um curto espaço de tempo, acabou chamando a atenção e demandando que as forças de segurança atuassem para mapear e penalizar os envolvidos”, informou o major.
Somente um dos presos pela polícia não possuia ficha criminal. “Eles já eram conhecidos do meio policial, têm uma vasta ficha criminal, apenas um não tinha passagem. Os outros eram bem conhecidos pelas mais variadas práticas de delitos: tráfico de drogas, receptação, roubos e agora vão responder na Justiça pelos roubos aos bancos”, disse.
Apesar de terem sido apreendidas notas falsas com o bando, a polícia não tem nenhum indicativo de que eles estivessem produzindo dinheiro falsificado. “Mas eles tinham um valor considerável de notas de dólares e reais falsas”, informou o major. O valor de grana falsa apreendida não foi divulgado.
Armas usadas em roubos eram legalizadas e pertenciam a CACs
Chamou a atenção da polícia o fato de que, das quatro armas apreendidas nesta quinta-feira, apenas uma era ilegal. As outras três, um rifle e duas pistolas, eram armas legalizadas, pertencentes a um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e usadas para cometer os crimes. “Desde que percebemos essa dinâmica dos criminosos de Itajaí, de estarem usando armas legalizadas para o cometimento de crimes, nós convidamos o Exército a participar das investigações. Posteriormente, todas essas informações são repassadas para eles fazerem procedimentos administrativos contra os CACs”, informou o delegado.
Assim que a polícia comunica que a arma em nome de um CAC estava sendo usada para crimes, segundo o delegado Eduardo Ferraz, eles perdem o registro e não podem mais adquirir nem munições e nem armas de forma legalizada. “Essa prática ainda não é muito comum. Eles se utilizam de pessoas que não possuem nenhum tipo de registro criminal para que possam tirar o registro como CAC, ter acesso a essas armas e desviar para o cometimento de crimes. Não é algo comum, mas acende um alerta”, finalizou o delegado.