BALNEÁRIO CAMBORIÚ
PGTur desiste do transporte público de BC
Denúncia é que a empresa pararia em 20 de maio, mas a prefeitura negocia continuidade até 10 de junho
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O serviço de transporte público de Balneário Camboriú pode parar. Denúncias de passageiros que chegaram ao vereador Eduardo Zanatta (PT) apontam que a concessionária PGTur encerraria as atividades até o final de maio. A empresa não confirmou à reportagem o fim do serviço. Já a prefeitura informou que a empresa deve ficar ao menos até 10 junho, prevendo um contrato emergencial após a saída da concessionária.
Segundo a diretora-presidente da BC Trânsito, Magali Nunes Ignácio, a PGTur fez um pedido pra finalizar as atividades em Balneário, mas o serviço deve ser mantido ao menos até o dia 10 de junho. O prazo até o mês que vem foi discutido em reunião com representantes da empresa na sexta-feira passada, dando tempo pra autarquia lançar um edital de contratação emergencial.
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O novo contrato seria por seis meses, mantendo o serviço enquanto o município prepara a licitação definitiva pra nova concessão. No momento, a BC Trânsito espera a entrega, até 31 de maio, de uma auditoria da Fepese nas contas da PGTur pra avaliar o impacto econômico-financeiro do transporte coletivo. O resultado da perícia vai definir os termos para o contrato emergencial e à futura concessão.
Nesta quinta-feira encerra o prazo de um chamamento público lançado pelo município para empresas interessadas em tocar o transporte. Magali informou que há interessados, mas que é preciso aguardar o prazo do credenciamento pra avaliar o resultado. Ela destacou que, a partir do momento que a PGTur deixar o serviço, o município vai garantir a continuidade do transporte emergencialmente, podendo inclusive ser gratuito, com custeio da prefeitura, ou cobrança por quilômetro rodado, segundo o que a consultoria indicar.
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“Em cima da auditoria a gente visa tomar as melhores decisões para um transporte adequado ao perfil de Balneário Camboriú”, afirma. O contrato atual, herdado da antiga Expressul, não prevê subsídio pela prefeitura. A auditoria nas contas também será usada pra decidir se haverá subsídio na nova licitação ou concessão do serviço.
A PGTur assumiu o transporte em novembro de 2021 em BC. Após um ano do serviço, alegou desequilíbrio econômico no contrato e suspendeu a circulação da maioria das linhas. Os ônibus voltaram a circular após a prefeitura ter conseguido verba de R$ 2,1 milhões do governo federal pra subsidiar o transporte e garantir os ônibus nas ruas.
Denúncia de paralisação após 20 de maio
O vereador Eduardo Zanatta, que presidiu a Comissão Especial de Transporte na câmara, relatou em sessão nesta semana que recebeu mensagens de moradores contando que os motoristas da PGTur estão avisando para quem entra no ônibus que a empresa vai parar a partir de 20 de maio. “Isso é gravíssimo, porque após a retomada, um contrato antigo, pandemia, novamente a gente corre o risco na nossa cidade de não ter ônibus”, discursou.
Além de denunciar a paralisação, ele pediu informações à prefeitura pra explicar a situação, alertando do risco de os moradores ficarem sem ônibus. “É lamentável que a nossa população esteja passando por isso e nada tenha sido feito desde o ano passado quando a comissão encaminhou o relatório dos trabalhos para a prefeitura e o Ministério Público”, lembrou.
O relatório da comissão apontou a necessidade de diversas melhorias no serviço, com mais horários, linhas e rotas, adequações para o custeio e viabilidade econômica e futura integração com o projeto de mobilidade regional.
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