A construção da LG Electronics ainda não tem cidade definida, mas a companhia confirmou o interesse de instalação em Santa Catarina no plano de expansão. De acordo com o gerente do projeto que avalia a implantação da nova fábrica, Paulo Setti, as vantagens logísticas, a proximidade com outras grandes empresas, a cadeia de fornecedores e a política fiscal do estado estão sendo fundamentais na escolha.
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O anúncio foi feito na quinta-feira passada, durante reunião no Centro Logístico Integrado Fastcargo (CLIF), em Itapoá, junto dos líderes coreanos da LG, Chul Joo Shin e Hwa Gi Shin, e do gerente para relações governamentais, Luis Credie, com a vice-governadora Marilisa Boehm. “Desenvolver Santa Catarina e garantir oportunidades aos catarinenses são prioridades, compromissos do nosso governo”, destacou a vice-governadora.
Já o secretário de Articulação Internacional, Juliano Froehner, que lidera o processo de instalação da fábrica, diz que Santa Catarina já deu o “sim” para a empresa, que confirmou prioridade ao estado pra construir a nova fábrica. “Temos muitas vantagens. Além dos incentivos fiscais para indústrias, tratamentos tributários diferenciados, portos e logística, contamos com uma mão de obra qualificada”, comentou.
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Investimento de R$ 5,5 bilhões em usina
No norte do estado, Garuva vai ganhar uma usina termelétrica com geração de energia a gás. A obra será realizada em parceria da Diamante Geração de Energia, sediada em Capivari de Baixo, e pelo grupo Nebras Power, empresa internacional de investimentos em energia e subsidiária da Qatar Electricity & Water Company (QWEC).
O investimento no projeto é de R$ 5,5 bilhões e poderá gerar mais de 3 mil empregos. A usina já possui licença para construção, com capacidade de geração de 640 megawatts, o que seria cerca de 20% da demanda catarinense.
O gás da Usina Termelétrica Norte Catarinense, como será chamado o empreendimento, deverá ser redistribuído para todo o estado. Para poder entrar em operação, a usina precisa vencer um processo de leilão de energia. A expectativa, segundo a empresa, é que o leilão ocorra no final do ano.
Baterias em Laguna
A chinesa Eikto, que produz células, módulos e sistemas de baterias de lítio, confirmou o interesse de instalação na cidade de Laguna, onde já alugaram um terreno provisoriamente. Com a concretização do negócio, a previsão de faturamento no primeiro ano de atuação é de cerca de R$ 30 milhões, com criação em torno de 150 empregos diretos e indiretos.
Segundo o secretário de Articulação Internacional, Juliano Froehner, o governo de Santa Catarina está em alinhamento com representantes da empresa para viabilizar condições favoráveis à instalação definitiva no estado. A companhia é a maior exportadora da China no setor e está presente em 44 países, tendo foco na produção pra atender as necessidades náuticas, de telecomunicações ou de equipamentos de movimentação de materiais.
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A demanda por sistemas de bateria de lítio é crescente no mercado. Os benefícios são vários, tanto para o meio ambiente, como na redução da emissão de carbono, quanto para os consumidores, pois a duração das baterias é de 10 anos, com monitoramento do produto direto da China.