O departamento de Assistência e Bem-estar Animal (Daba), em Navegantes, pediu uma investigação pra tentar identificar o responsável pelo envenenamento do Sul, um cão comunitário que tinha sido resgatado pela entidade e que morreu na semana passada.

O cachorrinho foi encontrado passando mal no terreno onde ficava ao lado da entidade. Os funcionários do Daba encaminharam o Sul pra atendimento, mas ele não resistiu e morreu no dia seguinte, após passar a noite vomitando.

“Envenenar é maus-tratos, é crime, a pessoa pode ser presa. A gente não quer que isso fique impune, estamos buscando nas nossas câmeras pra ver se identifica quem fez isso”, comentou em vídeo a gerente administrativa do Daba, Bárbara Pavarine. “A gente fica também temendo pelos outros animais… A pessoa que fez isso pode acabar jogando alguma coisa envenenada aqui”, ressaltou.

O órgão informou que solicitou às autoridades a investigação do caso, para identificação e punição de quem esteja envolvido com o crime. Bárbara também fez um apelo à comunidade pra ajudar. Denúncias podem ser feitas através da Polícia Civil, pelo telefone (48) 98844-0011, da Polícia Militar (190), e do Instituto Ambiental de Navegantes, no (47) 3185-2015.

O Sul era cuidado pelo pessoal do Daba. Bárbara conta que ele tinha bastante medo das pessoas, mas a equipe tava trabalhando pra conquistar o cachorro aos poucos e encaminhá-lo pra adoção. Com o caso de envenenamento, a preocupação do órgão é que outros casos ocorram.

Bárbara disse que um outro cachorro acolhido pelo Daba, o John, foi “prometido de morte”. O animal tinha sido adotado, mas foi devolvido ao Daba. “Uma pessoa passou aqui e falou pra nossa recepcionista e pra outros funcionários também que um já tinha morrido e que ia morrer mais um”, alertou.

A ameaça fez o órgão reforçar o apelo pra comunidade denunciar quem esteja envenenando os animais. “A gente precisa que as pessoas comecem a pagar pelos seus crimes pra que eles deixem de acontecer”, destacou Bárbara.

Os crimes de abandono, agressão, envenenamento e condições insalubres de vida aos pets são considerados crimes ambientais, com penalidade de até cinco anos de prisão.