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ITAJAÍ

Federal prende dono de logística acusado de tráfico global de drogas

“A cúpula da empresa participava do tráfico de cocaína”, afirmou superintendente da PF

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

Bando é acusado de enxertar 17 toneladas de cocaína em cargas para Europa (foto: divulgação)



Uma operação para desbaratar o tráfico internacional de drogas da América do Sul para a Europa, através dos portos de Itajaí e Rio Grande (RS), iniciou na manhã desta quinta-feira  através de prisões feitas pela  Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, da Agência da União Europeia para Cooperação Policial e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai.


A organização criminosa estava estruturada em duas grandes empresas de logística com sede no Rio Grande e Itajaí. O dono da empresa de logística  foi preso através de uma ordem judicial ...

 

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A organização criminosa estava estruturada em duas grandes empresas de logística com sede no Rio Grande e Itajaí. O dono da empresa de logística  foi preso através de uma ordem judicial em sua casa em Balneário Camboriú. Outras quatro pessoas foram presas na região, duas em Itajaí, uma terceira em Balneário Camboriú e uma quarta em Camboriú.



“A cúpula da empresa participava do tráfico. Esse é o diferencial. Não foi uma organização criminosa que criou empresas à margem da lei. A empresa tinha funcionamento lícito, pessoas que trabalhavam na empresa nada sabiam, mas a cúpula da empresa praticava os crimes”, explicou Aldronei Rodrigues, superintendente Regional da PF do Rio Grande do Sul.


O superintendente da Receita Federal do estado gaúcho, Altemir Linhares de Melo, ainda explicou que, como os responsáveis pela empresa dispunham de licença de operadores portuários, conseguiram burlar o sistema de fiscalização aduaneiro e tinham mais facilidade para embarcar as drogas. “O operador portuário estava fazendo esse fluxo de drogas dentro do negócio dele, isso nunca havíamos constatado em nenhuma investigação anterior”, disse Altemir.

Para conseguir desbaratar o grupo, a PF e a Receita usaram o trabalho de inteligência, com cruzamento de dados e uso de tecnologia nas investigações. “Todas as pessoas presas hoje [quinta-feira] gozam de respeito na sociedade. Os valores e a quantidade de cocaína envolvidas impressionam e mostram os tentáculos que o narcotráfico vem conseguindo. O tráfico não é mais internacional, é global”, analisou o delegado Cleverson Linhana, da delegacia de Repressão às drogas da PF do Rio Grande do Sul.


 

Números da operação

534 ordens judiciais

15 ordens de prisão preventiva

37 mandados de busca e apreensão no RS, SC, PR, AM e RR, e em Assunção, no Paraguai  Sequestrados 87 bens imóveis, 173 veículos, aeronave e feitos bloqueios de contas bancárias 


147 CPFs e CNPJs investigados

66 bloqueios de matrículas imobiliárias

 

Atividades suspensas no porto de Itajaí

No final do ano passado, a empresa de logística investigada venceu o edital de arrendamento provisório para operar com  carga geral no complexo portuário de Itajaí.


Segundo a superintendência do Porto de Itajaí desde fevereiro de 2022 as duas operadoras citadas na operação da PF tiveram as atividades suspensas no porto público. “Ambas pelo não cumprimento de regras exigidas pela Receita Federal”, informou o porto.

O DIARINHO não conseguiu localizar qualquer porta-voz das empresas  investigadas nessa quinta-feira.

 

Prejuízo de traficantes de R$ 3,85 bilhões, calcula PF

Bando enviou 17 toneladas de drogas pra Europa em dois anos de investigação

Bando enviou 17 toneladas de drogas pra Europa em dois anos de investigação

 

O prejuízo causado à organização criminosa poderá chegar a R$ 3,85 bilhões, valor estimado pela investigação da PF que avalia as transações ilícitas interceptadas durante  a investigação.

A investigação teve início em março de 2021, a partir de informações recebidas pela Polícia Federal de que 316 quilos de cocaína foram enviados a cidade de Hamburgo, na Alemanha, em dezembro de 2020. A droga saiu do Brasil através do Porto de Rio Grande camuflada em cargas para exportação.

A investigação indicou que a droga era produzida na Bolívia e enviada para o Brasil por transporte rodoviário que saía  de  Ponta Porã (MS). Depois a cocaína era transportada em caminhões até o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e armazenada nos terminais das empresas da organização criminosa no Rio Grande e em Itajaí. A droga era inserida em cargas com a intervenção e coordenação da direção das empresas de logística, sem o conhecimento dos exportadores que contratavam os serviços.

Já no continente europeu, os traficantes que encomendaram as drogas  furtavam as cargas onde a cocaína estava enxertada e distribuíam para  vários países europeus.

17 toneladas

Em dois anos de investigação, foi comprovado que a organização criminosa movimentou 17 toneladas de drogas para a Europa, sendo que 12 acabaram apreendidas. Na Operação Hinterland, a Polícia Federal fez acordos de Cooperação Internacional com a Alemanha, Emirados Árabes e Paraguai  e acordos de Cooperação Jurídica com a França e a Alemanha.




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