Já os imóveis, veículos de luxo, embarcações, aeronave, máquinas e saldos bancários foram sequestrados pela justiça. Os bens eram comprados para limpar a grana arrecadada com o furto ou desvio de cargas de salmão importado.

Segundo o delegado Jeferson Prado Costa, na investigação ficou comprovado que ocorreram também crimes de fraudes na emissão de notas fiscais, falsidade ideológica, associação criminosa e receptação. São cinco alvos e uma empresa investigados no grupo principal dos criminosos, mas a operação desta quarta-feira mostrou que existe mais gente envolvida nos crimes.

O dinheiro arrecadado com os crimes era “lavado” com a compra de imóveis e veículos em nome de terceiros. Empresas de fachada também foram criadas para lavar a grana. “A aquisição de bens era em nome de terceiros, pessoas sem capacidade financeira, que recebem inclusive o auxílio defeso”, explicou.

Na operação foram apreendidos quatro carros, mas outros 14 veículos foram sequestrados pela justiça. Alguns ainda não foram localizados, mas podem ser apreendidos a qualquer momento, segundo o delegado.

O delegado ainda não soube informar quais os valores do total do patrimônio sequestrado pela justiça. “Ainda não contabilizamos e alguns bens precisam ser avaliados, especialmente os imóveis. Também aguardamos as repostas sobre os valores apreendidos em bancos”, informou.

Queimava dinheiro e postava

Um dos investigados, responsável por comprar as cargas de salmão roubadas e revender, levantou suspeitas em um vídeo nas redes sociais onde queimava notas de R$ 100. Na filmagem, ele aparece com várias notas na mão e usando um isqueiro para queimá-las. Duas pessoas assistem a cena e dão risadas. Uma mulher tenta impedir a fogueira valiosa. Atrás do alvo, aparece uma bandeira do Brasil. pendurada em um veículo.