Foi sepultada na manhã desta terça-feira a pequena Júlia Eduarda Medeiros. Ela morreu de forma repentina, vítima de uma meningite bacteriana por pneumococo, 12 dias após completar 11 anos.
A família só descobriu que a menina estava doente quando ela teve uma dor de cabeça forte, febre alta e desmaiou em casa, em Bombinhas. Júlia foi socorrida, chegou ao hospital Pequeno ...
A família só descobriu que a menina estava doente quando ela teve uma dor de cabeça forte, febre alta e desmaiou em casa, em Bombinhas. Júlia foi socorrida, chegou ao hospital Pequeno Anjo num quadro grave e já foi entubada.
No hospital foi detectada a meningite bacteriana, que causou a morte encefálica da criança. Os médicos fizeram exames com intervalos de horas para confirmar a morte encefálica. O quadro irreversível foi confirmado na segunda-feira.
O corpo de Júlia foi sepultado na terça-feira em Itapema. Além da mãe e do padrasto, Júlia deixou três irmãos. Amigos lamentaram a morte nas redes sociais. “Júlia, que você descanse nos braços do pai e continue louvando, pois em breve vamos estar todos reunidos…”, escreveu uma amiga.
A morte chocou os moradores de Itapema, onde ela passou a infância, Bombinhas, onde residia atualmente, e também de Camboriú, onde ela tem um tio que trabalha como motorista na Assistência Social e outro parente que trabalha como vigia na cidade.
Vítima estava com esquema vacinal em dia
Richelle Parodi, enfermeira responsável por atender casos de meningite, na Vigilância Epidemiológica de Itajaí, acompanhou o caso de Júlia. “Existem vários tipos de meningite. A mais é comum é a viral. Mas todo ano temos casos de pneumococo e alguns destes casos podem levar a óbito”, explica Richelle.
A enfermeira destaca que Júlia estava com todo o seu esquema vacinal completo. Ela tinha acabado de completar 11 anos e logo poderia tomar a dose de reforço contra a meningite.
Mesmo sendo uma meningite bacteriana, no caso de Júlia, segundo Richelle, não há necessidade de medicação ou outras medidas preventivas em relação aos familiares ou outras pessoas que tiveram contato com a paciente. “Ninguém próximo teve o risco de pegar a doença”, explica, após terem sido feitos testes com o tipo de bactéria que Júlia contraiu.
A orientação aos pais ou responsáveis por crianças e adolescentes para evitar a doença, além de manter o esquema vacinal completo, é manter os ambientes sempre ventilados, lavar as mãos com frequência, manter sempre a higiene, com pratos, talhares, mamadeiras, brinquedos e chupetas limpos, e evitar a circulação com crianças pequenas em locais poucos arejados.
Richelle lembra que a meningite é uma inflamação das meninges que protegem o cérebro. “Muitas vezes a doença surge de muitas otites (dor de ouvido) mal tratadas, ou gripes mal curadas...”, explica, reforçando a importância de seguir todas as recomendações médicas no tratamento de toda e qualquer doença.
