Influenciadora de Itajaí é acusada de aplicar golpes
M. não ficou nem 24 horas presa e foi colocada em liberdade pela justiça
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
M. trabalhou na câmara em 2016 (Foto: Arquivo)
Polícia apreendeu cerca de R$ 40 mil que podem ter sido comprados com cartão fraudado
(foto: divulgação)
A influenciadora digital M.R.L.C., de 32 anos, detida na tarde de segunda-feira acusada de aplicar golpes em comerciantes usando cartões fraudados, não ficou nem 24 horas presa. Na tarde de terça-feira, em audiência de custódia no fórum de Itajaí, ela foi colocada em liberdade.
Continua depois da publicidade
M., que tem cerca de 200 mil seguidores na internet, foi presa em flagrante pela Polícia Civil. Ela é acusada de enganar comerciantes da região através de compras on-line com cartões ...
Já tem cadastro? Clique aqui
Quer ler notícias de graça no DIARINHO? Faça seu cadastro e tenha 10 acessos mensais
Ou assine o DIARINHO agora e tenha acesso ilimitado!
Faça login com o seu e-mail do Google:
OU
Se você já tem um login e senha, por favor insira abaixo:
M., que tem cerca de 200 mil seguidores na internet, foi presa em flagrante pela Polícia Civil. Ela é acusada de enganar comerciantes da região através de compras on-line com cartões fraudados.
Continua depois da publicidade
Pela investigação, M. conseguia os dados pessoais de terceiros, gerava um cartão de crédito digital e começava a comprar nas lojas através de negociações on-line.
Logo após a entrega dos produtos, a operadora do cartão cancelava o pagamento fraudado. Só que neste meio tempo os produtos já tinham sido entregues.
Continua depois da publicidade
A maior parte das entregas foi feita numa clínica de bronzeamento artificial que a mulher mantinha, mas logo em seguida a acusada levava os produtos para o seu apartamento, no bairro Vila Operária.
Na clínica foram apreendidas três máquinas de bronzeamento e o espaço foi interditado pela vigilância sanitária.
O restante da mercadoria, cerca de R$ 40 mil em produtos, foi apreendido no apartamento da mulher. Três telefones celulares também foram apreendidos e passarão por perícia.
A influenciadora faria parte de uma quadrilha especializada em fazer fraudes pela internet, mas o caso ainda está sendo investigado pela polícia.
Com a prisão, M. foi levada para o complexo penitenciário da Canhanduba, onde aguardou a audiência de custódia na terça-feira e acabou solta.
Vai responder em liberdade
Durante a audiência no fórum de Itajaí, a prisão em flagrante foi relaxada pelo juiz da 2ª Vara Criminal. “Diante da análise dos elementos do auto de prisão em flagrante e da condução, o juiz entendeu que a conduta foi atípica, não vinculando a atividade da empresária a nenhum crime, reestabelecendo a liberdade imediata. Agora o processo será encaminhado para o Ministério Público, que vai analisar o caso e decidir se oferece denúncia ou não”, informou o advogado criminalista Franklin Assis, que defende a acusada.
Continua depois da publicidade
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, a prisão em flagrante da polícia não tinha elementos que demonstrassem que a compra realizada pela acusada foi estornada/cancelada pela operadora de cartão de crédito, o que confirmaria o golpe pela internet.
“A vítima relatou que a compra apareceu como aprovada. Até o momento também não há demonstração de que a conduzida obteve ‘vantagem ilícita neste episódio’”, disse o juiz Rafael Bogo na decisão.
Investigada trabalhou na prefeitura e na câmara de Itajaí
Ela foi chefe de gabinete da vereadora Neusa em 2016
Continua depois da publicidade
A influenciadora que é acusada de golpe já trabalhou na câmara de vereadores de Itajaí, onde foi assessora de uma vereadora, e já teve cargo de confiança no governo do ex-prefeito Jandir Bellini (PP). Ela foi chefe de gabinete da vereadora Neusa Maria Vieira Geraldi (MDB) em 2016.
Em agosto de 2016, foi exonerada do cargo a pedido. Naquele ano ela trabalhou na campanha do vereador eleito Vanderley Dalmolin (MDB). Dalmolin disse ao DIARINHO, na época, que conhecia M. e a família dela há alguns anos e que ela era uma ótima funcionária.
Em dezembro de 2016, M. e o marido, T.C., foram detidos sob a acusação de receptação de um veículo roubado em Itajaí. O casal confirmou à polícia que sabia que o carro estava com a placa e documentação adulteradas e que tentavam revendê-lo por R$ 15 mil.
Apesar de o casal ter sido detido na época, não há processo contra M. no Tribunal de Justiça. A Polícia Civil não soube informar se ela chegou a ser denunciada pelo crime.
Dando seu ok, você está de acordo com a nossa Política de Privacidade e com o uso dos cookies que nos permitem melhorar nossos serviços e recomendar conteúdos do seu interesse.