Reuniões na tarde desta sexta-feira vão definir o futuro do Porto de Itajaí. O prefeito Volnei Morastoni (MDB) fará uma primeira conversa com o diretor-superintendente da APM Terminals, Aristides Russi Júnior. Depois, Volnei vai receber representantes dos sindicatos dos portuários que desde a madrugada de sexta-feira ameaçam uma paralisação do setor.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Arrumadores e da Intersindical dos portuários, Ernando João Alves Junior, o Correio, após conversa com a empresa, o prefeito vai tomar a decisão final. ...
De acordo com o presidente do Sindicato dos Arrumadores e da Intersindical dos portuários, Ernando João Alves Junior, o Correio, após conversa com a empresa, o prefeito vai tomar a decisão final.
“Ele quer saber da empresa qual é a real proposta. Reclamou que o Fábio [da Veiga, superintendente do porto) não foi bem claro com ele, que não apresentou proposta, então ele quer conversar direto com o Aristides, e saber [a situação] e depois ele vai anunciar”, comentou ainda pela manhã.
A posição da Intersindical e dos portuários é que o contrato de arrendamento transitório seja assinado com a APM Terminals, conforme anúncio feito pela Superintendência do Porto ainda em novembro. O prefeito, porém, estaria inclinado a contratar a CTIL Logística, que venceu o edital com a melhor proposta financeira pelos berços 1 e 2.
Ernando adianta que, se a resposta do prefeito for a favor da CTIL, terá mobilização neste sábado no navio de passageiros, que abrirá a temporada de cruzeiros em Itajaí. Conforme o sindicato, não serão feitas as operações do navio. A Superintendência do Porto, porém, já trabalha com uma medida junto à SC Portos pra proibir a paralisação e qualquer ato contra a atracação turística.
Ainda pela manhã, os presidentes dos sindicatos, entre lideranças dos conferentes, estivadores, consertadores, arrumadores, associação do bloco, vigias e do Sindicato dos Trabalhadores nas Administrações dos Portos de Itajaí e Laguna (Sintac), estiveram na prefeitura para falar com o prefeito.
Houve protesto na recepção do gabinete, com representantes do setor portuário e trabalhadores pra tentar reverter a situação e fazer com o prefeito assine o contrato com a APM.
“Estamos perdendo empregos, estamos perdendo linhas e não se brinca com o ganha-pão do trabalhador. Nós não gostamos dessa atitude e vamos lutar até o fim. Nós precisamos que o porto de Itajaí seja respeitado e a classe trabalhadora [também]”, disse Ernando em vídeo com as lideranças sindicais.