CAMBORIÚ
Morador reclama que inquilina transformou sua casa em ponto de drogas, arruaça e lixão
Proprietário vivia em cima da casa alugada, mas passou a morar em outro lugar por segurança
Juana Dobro [editores@diarinho.com.br]





Um morador de Camboriú vive uma situação de desespero após alugar uma residência para uma família e ver o local virar ponto de drogas, barulheira, lixão e receber o Conselho Tutelar e a Polícia Militar diversas vezes. O homem relata que a família está destruindo a casa e ele se sente de mãos atadas, sem apoio da prefeitura ou da polícia.
“Eles já estragaram o portão e não cuidam da casa”, se queixa. “É tudo que tenho, me sinto de mãos atadas e com medo do que possam fazer”, explica. “A casa virou ponto de drogas e as reclamações de barulho pelos vizinhos são constantes. [...] Polícia, Conselho Tutelar e arruaças são constantes no local desde que eu aluguei o imóvel”, complementa o proprietário.
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A família é formada por uma mãe viúva, que é catadora de materiais recicláveis, e seus filhos crianças e adolescentes - entre eles uma menina de 13 anos que tá grávida. O proprietário conta que a inquilina atrasou o aluguel, mas conseguiu colocar a conta em dia por meio de um programa de auxílio da prefeitura.
Segundo o denunciante, a mulher acumula muito lixo na casa e ele acabou multado pela prefeitura devido às condições insalubres do local. Ao tentar limpar a casa, o locador ainda recebeu ameaças.
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O homem vive na parte de cima da residência alugada e disse que desde que a situação piorou não conseguiu voltar. Ele conta que está morando de favor em outro local e teme por sua segurança.
De acordo com o proprietário, a prefeitura não está dando suporte e afirma que não pode interferir. A polícia sugeriu que o homem fique longe do local até terminar o contrato de aluguel, em 12 de dezembro. Assim, ele não consegue voltar para casa, nem pegar seus pertences.
O proprietário já registrou um boletim de ocorrência e pede ajuda para solucionar o problema. Ele não sabe mais a quem recorrer. “A situação é complicada, eu não posso retornar ao local onde moro e a casa virou um lixão”, finaliza.
O DIARINHO buscou contato com o secretário de Assistência Social de Camboriú, Júnior Mafra, que disse que a família está sendo acompanhada por estar em um momento de vulnerabilidade e a situação envolver crianças e adolescentes. O secretário disse que a questão é responsabilidade do locatário e inquilinos, e também da Polícia Civil. “A parte do poder público diz respeito às condições da família que vive lá, para lhes dar suporte”, diz.