Oito homens suspeitos de integrar uma célula neonazista interestadual tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela justiça, no final da tarde desta terça-feira. O pedido para manter o grupo preso partiu da 40ª Promotoria da Capital, especializada no combate aos crimes de racismo, de ódio e intolerância. 

O grupo foi preso em uma operação da delegacia de Repressão ao racismo e delitos de intolerância, que contou com o apoio do Ministério Público, na segunda-feira. O bando  estava reunido em um sítio para um encontro anual da célula na cidade de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis.

Após receber informações sobre a suposta reunião, a delegacia cumpriu mandados de busca e apreensão. No sítio, os policiais apreenderam revistas, panfletos e outros objetos com símbolos de grupos supremacistas, além de telefones celulares e computadores.

Os presos têm entre 22 e 48 anos e foram autuados pela prática dos crimes de associação criminosa e racismo. Quatro deles são do Rio Grande do Sul, um de Santa Catarina, um do Paraná, um de Minas Gerais e um de Portugal.

Entre os presos, há integrante de um grupo skinhead internacional, conhecido por ser intolerante e de extrema direita. Outro homem ainda foi autuado por porte ilegal de arma de fogo por ter sido flagrado com munições.

O promotor Luiz Fernando Pacheco ressalta que as investigações mostraram que o grupo age com forte exaltação à ideologia fascista e apologia ao nazismo.

O material apreendido passará pela perícia técnica. A investigação dos crimes continua.