Reta final 

Professora abre notícia-crime contra vice-prefeito; Moisés acusa Jorginho de “esquema”

Confusões entre candidatos, gravadas em vídeos, devem acabar na justiça eleitoral

Carlos Humberto chamou Taíse Bodemüller de "candidatinha mequetrefe"
(foto: divulgação)
Carlos Humberto chamou Taíse Bodemüller de "candidatinha mequetrefe" (foto: divulgação)
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O clima da campanha esquentou entre candidatos da região e no estado na reta final antes das eleições. Em Balneário Camboriú, o vice-prefeito e candidato a deputado estadual, Carlos Humberto (PL), foi denunciado por ataques verbais contra a professora Taíse Bodemüller, candidata a deputada federal pelo Solidariedade. Na corrida ao governo do estado, houve troca de denúncias entre Jorginho Mello (PL) e Carlos Moisés (Republicanos) sobre suposto caso de corrupção.

Na quarta-feira, a justiça eleitoral de Balneário recebeu notícia-crime protocolada pela professora Taíse contra o vice-prefeito de Balneário. Conforme a denúncia, na terça-feira, durante ato de campanha no centro, Carlos Humberto passou em frente à casa da professora, na avenida Alvin Bauer, fazendo ataques verbais à candidata.

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Taíse não estava em casa, mas familiares e vizinhos foram testemunhas dos gritos e acusações. “Não votem nela”, “candidatinha mequetrefe”, “petista” e “usa o fundo eleitoral” foram algumas frases disparadas pelo vice-prefeito do alto de um caminhão de som. Em vídeo postado ainda na terça, Taíse considerou a atitude covarde e exigiu retratação do candidato.

A denúncia na justiça qualifica o ato como crime eleitoral, com base no artigo 326-B, do código eleitoral, que trata de violência política contra a mulher por “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar” candidata a cargo eletivo, “utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia”. Taíse disse que as testemunhas serão arroladas após as eleições pra que não haja perseguição.

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Os ataques verbais à candidata teriam sido uma resposta ao pedido da professora, rejeitado pela justiça eleitoral, que defendia a impugnação da candidatura de Carlos Humberto. “Aqui mora a candidata que tentou me impugnar”, teria sido uma das frases de CH ao apontar para a casa de Taise.

O vice-prefeito derrubou o pedido de impugnação e teve a candidatura deferida normalmente pela justiça eleitoral. A alegação de Taíse, que recorre da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), era que Carlos Humberto teria simulado uma viagem pra não assumir o cargo de prefeito no período pré-eleitoral, em suposto ato de improbidade administrativa.

Carlos Humberto comentou que a candidata “inventou uma história sem pé nem cabeça” pra impedir sua candidatura. “O que eu disse a ela é simplesmente isso. Ela que vá cuidar da eleição dela e não perca tempo com a minha. Ela precisa fazer eleição, até porque muita pouca gente, como eu, por exemplo, nem sabia que ela é candidata, porque ninguém vê nada”, disse, sem tratar sobre os ataques.

“Atitude covarde”

Em vídeo nas redes sociais, Taíse ressaltou que qualquer cidadão tem o direito de entrar com ações judiciais, cabendo a justiça decidir. Considerando que Carlos Humberto ganhou a ação, ela questionou a motivação para o candidato ter passado na frente da casa dela e “gritar feito um louco varrido”.

Para ela, a atitude representou uma “política suja, baixa e desesperada” e exigiu retratação. “Carlos Humberto, eu exijo que você se retrate, que faça aqueles seus videozinhos me pedindo desculpas, a mim, ao meu marido e à minha filha, e também à minha família. A política do ódio vai acabar e você um dia vai se arrepender desse fato”, comentou.

A professora informou que estava em campanha em Itapema na hora dos ataques, mas o marido e a filha estavam em casa e ouviram os gritos. “O candidato apontou pra minha casa e resolveu me atacar. Uma atitude covarde, que mostra a verdadeira face dessa pessoa”, respondeu, afirmando que falas depreciativas e de ódio são características do bolsonarismo, de quem “usa o ódio pra fazer política”.

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Denúncia de Moisés contra Jorginho em debate

Moisés e Jorginho trocaram farpas na TV

Moisés e Jorginho trocaram farpas na TV

 

A denúncia do governador Carlos Moisés (Republicanos) contra o senador Jorginho Mello (PL) durante o debate entre candidatos ao governo estadual na terça-feira marca a reta final de campanha em Santa Catarina. Os desdobramentos já estão na justiça eleitoral e na justiça comum.

A acusação é que Jorginho, em reunião com Moisés, em 2020, teria defendido a permanência da empresa Reviver na administração do presídio regional de Lages. Na ocasião, o governo tinha licitação pra um novo contrato. O senador teria pedido pro governador não fazer mudanças. O caso foi exposto no debate, quando Moisés declarou que “limpou Santa Catarina desse tipo de corrupção”.

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“Nós cuidamos dos contratos públicos. Diferentemente de você [Jorginho], que nos procurou para não mexer em contrato público que eu revisei e economizou – eram R$ 100 milhões por ano baixou para R$ 50 milhões por ano –, dizendo que para você o contrato era muito importante”, relatou Moisés, que foi contestado com gritos de “mentiroso” por Jorginho.

O senador e candidato Esperidião Amin (PP) também reagiu na hora, pedindo mais esclarecimentos. Na quarta-feira, ele apresentou notícia-crime contra Jorginho no Ministério Público. O pedido é para que a denúncia de Moisés seja apurada, considerado que a conduta pode ser enquadrada como advocacia administrativa, concussão ou tráfico de influência.

“A denúncia é grave. Jorginho Mello teria intercedido possivelmente em nome de um particular para que, contrariamente ao interesse público, o Estado de Santa Catarina não revisasse o preço de um contrato administrativo”, destaca o documento. “Se Moisés estiver certo, Jorginho cometeu o crime de advocacia administrativa. Se estiver errado, Moisés cometeu o crime de calúnia. Ambos devem explicações aos catarinenses”, disse Amin.

“Nunca o procurei”,
afirma senador

Pelas redes sociais, Jorginho afirmou que o governador “mentiu descaradamente”, “em um ato eleitoreiro sujo e com alta demonstração de desespero”. Ele informou que abriu duas ações contra Moisés, uma notícia-crime por calúnia na justiça eleitoral e uma ação por danos morais na justiça estadual. “Para não restar dúvidas: nunca o procurei e jamais o apoiei”, ressaltou.

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O senador ainda acusou o governador de ter mentido sobre os pedágios, ao apontar que Jorginho privatizaria as estradas estaduais. “Sendo que foi o seu secretário que colocou 25 rodovias num plano de privatização”, rebateu. Durante ato de campanha em Criciúma, na quarta-feira, Moisés reafirmou a denúncia contra o senador. Ele ainda não se manifestou sobre as ações abertas por Jorginho na justiça.




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