Os familiares de Laurinha acompanham o julgamento no fórum de Navegantes. Um cartaz com a foto da criança e asinhas de anjo foi instalado no local. “Queremos justiça”, diz o cartaz.

Os familiares de Laurinha acompanham o julgamento no fórum de Navegantes. Um cartaz com a foto da criança e asinhas de anjo foi instalado no local. “Queremos justiça”, diz o cartaz.

A menina Laura morreu no dia 28 de fevereiro de 2018, dois dias após dar entrada no hospital Pequeno Anjo, em Itajaí. Ela foi atingida por um pedaço de pau arremessado por Fernando, que era tio-avô dela, no quintal da casa da família. Fernando atirou o objeto durante uma discussão com a irmã e avó de Laura, Edvânia Grapp.

A avó da menina não aceitava que ele abrigasse um amigo na casa que herdaram da família. A discussão ocorreu quando Edvânia foi até a casa acompanhada de “um segurança” e da neta para tentar pegar a chave do imóvel. Ele atirou o pau em Edvânia e acertou na criança que estava no colo.

Na época, parte da família alegava que Fernando não teve intenção de matar a criança e que é cego de um olho. Outra parte da família contesta os problemas de visão.

Em março de 2020, a Justiça decidiu que Fernando deveria ser julgado pelo crime no Tribunal do Júri. A data do julgamento chegou a ser marcada: 24 de abril daquele ano, mas acabou adiada devido à pandemia. Ainda durante a pandemia, Fernando recebeu o direito de aguardar pelo julgamento em prisão domiciliar, o que revoltou parte da família.

A ONG Grupo Vítimas Unidas, que atua em todo o Brasil, está acompanhando o caso e pedindo a condenação do réu. A ONG contratou um advogado para auxiliar o Ministério Público na acusação. O objetivo é comprovar que Fernando teve intenção de matar quando arremessou o pedaço de pau.