Às 8h30 do próximo dia 27 de setembro, Fernando Cristiano Grapp, 45 anos, sentará no banco dos réus para enfrentar o júri popular sob a acusação de assassinato de Laura Cecília Bittencourt, de um ano e seis meses. A criança morreu em fevereiro de 2018 após ser atingida por um pedaço de pau arremessado por ele durante uma briga familiar.
Continua depois da publicidade
Em março de 2020, a Justiça decidiu que Fernando deveria ser julgado através do Tribunal do Júri. A data do julgamento chegou a ser marcada: 24 de abril de 2020, mas acabou adiada devido ...
Em março de 2020, a Justiça decidiu que Fernando deveria ser julgado através do Tribunal do Júri. A data do julgamento chegou a ser marcada: 24 de abril de 2020, mas acabou adiada devido à pandemia.
Continua depois da publicidade
Alegando problemas de saúde, como diabetes, a defesa de Fernando conseguiu que ele migrasse da cadeia para prisão domiciliar. Desde então, ele aguarda em liberdade. A soltura de Fernando e a demora no julgamento revoltou parte da família da criança.
Há cerca de três meses, a família procurou o DIARINHO para reclamar da demora. Na época, a assessoria do Tribunal de Justiça informou que somente em setembro de 2021 o TJ autorizou a retomada das sessões de júri envolvendo réus soltos, como é o caso do processo de Fernando. Além disso, havia muita demanda represada e estavam sendo feitos mutirões para realizar os julgamentos.
Continua depois da publicidade
“Sensível ao acúmulo de sessões do Tribunal do Júri por realizar em diversas comarcas do estado em decorrência da pandemia da covid-19, a Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) promove regime de mutirão para julgar processos represados. Na comarca de Navegantes, a sessão de julgamento do processo envolvendo o réu citado foi designada para 27 de setembro, às 8h30”, informou o TJ.
O crime
A menina Laura morreu no dia 28 de fevereiro de 2018, dois dias após dar entrada no hospital Pequeno Anjo, em Itajaí. Ela foi atingida por um pedaço de pau arremessado por Fernando, que era tio-avô dela, no quintal da casa da família. Fernando atirou o objeto durante uma discussão com a irmã e avó de Laura, Edvânia Grapp.
A avó da menina não aceitava que ele abrigasse um amigo na casa que herdaram da família. A discussão ocorreu quando Edvânia foi até a casa acompanhada de “um segurança” e da neta para tentar pegar a chave do imóvel. Ele atirou o pau em Edvânia e acertou na criança que estava no colo. Na época, parte da família alegava que Fernando não teve intenção de matar a criança e que é cego de um olho. Outra parte da família contesta os problemas de visão.