Um mutirão no fim de semana recolheu parte dos destroços do clube flutuante que naufragou em Balneário Camboriú durante a passagem de um ciclone extratropical na semana passada. Os materiais maiores, como boias, partes estruturais e os blocos flutuantes, ainda serão retirados do mar por uma empresa especializada.
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O trabalho foi coordenado pelos sócios do empreendimento, Reinaldo Oliveira, Lucas Araújo e Marlon Cristiano. Eles estiveram com amigos e voluntários na praia do Buraco, próximo ao Infinity ...
O trabalho foi coordenado pelos sócios do empreendimento, Reinaldo Oliveira, Lucas Araújo e Marlon Cristiano. Eles estiveram com amigos e voluntários na praia do Buraco, próximo ao Infinity Blue, onde foi parar a maior parte dos materiais da plataforma destruída pelo vendaval e pelo mar agitado. A limpeza e separação dos resíduos seguirá pelos próximos dias.
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A ação também contou com o apoio da Defesa Civil de Balneário Camboriú, que interditou alguns acessos de trilhas para o Morro do Careca para garantir a segurança da operação. As fitas de isolamento ainda estão no local. Segundo os sócios, a etapa de limpeza dá início ao plano de reconstrução do clube, que seria inaugurado em setembro. “Seguiremos trabalhando até que tudo seja recolhido e a praia fique limpa e em perfeito estado”, comentaram.
Eles informaram que o trabalho de limpeza vem sendo feito desde o dia do acidente, quarta-feira passada. Segundo o clube, a empresa tem cuidado dos locais impactados com os destroços da plataforma náutica que são recicláveis. O clube promete a elaboração de projeto de contingenciamento, com a criação de um comitê de crise, para viabilizar a restauração integral do meio ambiente.
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O plano prevê a reparação integral dos danos causados pelo ciclone na estrutura física do clube, que não detinha qualquer tipo de combustível ou resíduo poluente. “O plano de ação contempla inúmeras medidas de reparação, desde a contratação de empresa especializada nesse tipo de limpeza, até o envolvimento da sociedade civil e das autoridades municipais, estaduais e federais”, informa o advogado do clube, Marcus Ferret.
Ele destacou que muitas iniciativas continuarão a ser implementadas pela própria Dejour Club, enquanto outras ficarão a cargo de órgãos públicos. No trabalho, serão usados os recursos de uma “vaquinha” on-line criada pelos sócios para ajudar na limpeza e reconstrução da plataforma. Até segunda, cerca de R$ 24 mil da meta de R$ 300 mil haviam sido arrecadados. “Reconhecemos nossa responsabilidade e compromisso com a reparação integral do meio ambiente”, completa o advogado.
Toneladas de entulhos
Os destroços foram recolhidos e separados. Parte do material será retirado do local por terra, principalmente os resíduos menores, enquanto os demais destroços serão recolhidos pelo mar. Apesar do mutirão, estruturas maiores ainda estão em locais de difícil acesso, entre as pedras dos costões, e deverão ser retiradas por equipe especializada. Não há prazo pra conclusão do trabalho.
A Dejour Club seria o primeiro clube flutuante itinerante e tinha previsão de ser inaugurado nos próximos meses em Balneário Camboriú. A estrutura estava 100% construída, com investimentos de R$ 7 milhões, e passava por ajustes finais para inauguração. A plataforma estava ancorada junto à margem do rio Camboriú, no bairro da Barra, mas foi arrastada pelo ciclone para o mar, ficou à deriva e naufragou. O clube funcionaria a cerca de 250 metros da praia, na orla da Barra Sul, onde ficaria fundeado.