A equipe do projeto de Monitoramento de Praias da Univali registrou o encalhe de um golfinho já morto na praia do Tabuleiro, em Barra Velha, na sexta-feira. Foi o segundo caso na região em uma semana, envolvendo um animal do mesmo gênero. 

O golfinho encontrado em Barra Velha não tinha marcas de interação de atividades humanas, como redes ou utensílios de pesca. Era um macho de 154 centímetros de comprimento. Apesar da boa integridade física, o animal estava magro, pesava 38 quilos no momento do resgate. 

A carcaça do golfinho foi encaminhada à unidade do projeto em Penha, para o exame de necropsia. Foram encontrados ciamídeos grudados na pele, popularmente conhecidos por “piolhos de baleia”, além de sanguessugas na nadadeira caudal. O exame interno encontrou poucas alterações viscerais. O diagnóstico apontou enterite parasitária e congestão no fígado, rins, baço e sistema nervoso central. 

Pela avaliação, a suspeita é que o animal enfrentava alguma infecção e o trabalho de defesa do organismo debilitou o golfinho. Para tornar o entendimento da causa de morte mais conclusivo, foram coletadas amostras biológicas, que serão processadas no Laboratório de Diagnóstico Veterinário da Univali. 

O outro golfinho recolhido pela equipe, no Canto Grande, em Bombinhas, teve a causa de morte associada com petrechos de pesca e arma branca. O animal, uma fêmea juvenil, estava com a nadadeira da cauda amputada e teria se asfixiado numa rede de pesca. A vítima era um golfinho-listrado, espécie oceânica, de raro avistamento nas praias, mais comum no Mar Mediterrâneo.