Eleições 2022
Apoio de Janones a Lula rende fake news sobre Moisés
Assessoria fez montagem desmentido fake news que circulou
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Uma fake news aproveitou-se do fato de que o pré-candidato do Partido Avante, André Janones, anunciou a desistência da corrida eleitoral e apoio ao pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, para associar o atual governador catarinense, Carlos Moisés (Republicanos) à campanha petista.
Desde a última quarta-feira, uma montagem envolvendo Moisés e Lula começou a ser disparada em redes sociais. Moisés de fato está coligado em Santa Catarina com o Avante, mas em nenhum momento anunciou apoio ao PT.
A convenção do Avante ocorreu no dia 30 de julho, e quatro dias depois, começaram a surgir fotos de Moises num telão com a imagem de Lula ao fundo. O apoio a Lula por parte de Janones, maior líder do Avante no Brasil, entretanto, só foi confirmado neste dia 4, durante reunião e live entre Lula, o então pré-candidato que acabou desistindo e também o pré-candidato a vice-presidente da república, Geraldo Alckmin (PSB).
O DIARINHO apurou que políticos ligados ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro e do senador Jorginho Mello, também pré-candidato ao Governo do Estado, repassaram a fake news nas redes sociais.
Através da assessoria, Moisés desmentiu o apoio a Lula, e publicou as duas imagens – a falsa e a verdadeira, batendo na montagem feita por adversários. “Aqueles que não têm projeto para Santa Catarina tentam chegar ao poder através da mentira. Mais uma vez estamos sendo vítimas de fake news”, disse o governador, acusando também do episódio demonstrar o “vale-tudo eleitoral”. Moisés ainda pediu para seu eleitorado tomar cuidado e pesquisar as fontes de informação antes de compartilhar materiais falsos na internet.
Surgiu na onda Bolsonaro
Moisés surgiu na política na onda bolsonarismo em Santa Catarina. Desconhecido do grande público, lançou-se candidato em 2018 pelo então PSL, partido que também abrigava Bolsonaro. Numa campanha meteórica, foi ao segundo turno e derrotou o então favorito Gelson Merísio, na época no PSD.
Moisés, entretanto, foi distanciando-se do presidente ao longo do mandato, inclusive com postura diferente dele, no combate à pandemia. Enfrentou um afastamento por conta de um escândalo de corrupção, mas teve seu nome inocentado pela Justiça e acabou reconduzido pela Assembleia Legislativa ao cargo de chefe do Estado.
Rompeu com a extrema direita na Assembleia, incluindo os deputados Jessé Lopes e Ana Campagno, e manteve um acirrado debate com Ivan Naatz, todos atualmente no PL. Agora, aliou-se ao MDB, e terá Udo Dohler, de Joinville, na vice-candidatura ao governo estadual.