A academia Stúdio Remo adotou parte da praça Genésio Miranda Lins, a da Beira Rio, em Itajaí, e instalará no local nova iluminação, paisagismo, e equipamentos para calistenia (exercícios feitos com o peso do próprio corpo). A área cedida é de cerca de 250m², na esquina das ruas Jorge Tzaschel e Júlio Coutinho, e ficará aberta à comunidade e para aulas em horários específicos.

Maurício Boabaid, proprietário da academia e também do Instituto Row To Win, conta que iniciou as obras após o aval da prefeitura e projeto aprovado. Ele havia solicitado o espaço à Secretaria de Urbanismo no início de 2022. Quem passa pela praça já vê madeiras, areia, telas e fitas delimitando o espaço adotado da praça.

“Será um projeto de revitalização de parte da praça, com paisagismo integrado a um espaço físico para a prática de esportes e convivência”, explica. O projeto foi desenhado pelo escritório ...

Maurício Boabaid, proprietário da academia e também do Instituto Row To Win, conta que iniciou as obras após o aval da prefeitura e projeto aprovado. Ele havia solicitado o espaço à Secretaria de Urbanismo no início de 2022. Quem passa pela praça já vê madeiras, areia, telas e fitas delimitando o espaço adotado da praça.

“Será um projeto de revitalização de parte da praça, com paisagismo integrado a um espaço físico para a prática de esportes e convivência”, explica. O projeto foi desenhado pelo escritório Arquitetura da Mata e terá investimento de R$ 150 mil da empresa Multilog por meio de dedução de imposto.

Pelo projeto aprovado, uma área de 90m² receberá uma espécie de piso emborrachado com barras para a prática de calistenia. Também haverá um espelho d’água, bancos e jardins com plantas. O restante do espaço será usado para a prática do remo indoor.

Segundo Maurício, o espaço poderá ser usado por qualquer pessoa na maior parte do tempo, como na academia ao ar livre, mas também haverá aulas em horários específicos. Ele também frisou que nenhuma árvore será retirada da praça.

“Gentileza urbana”

Pelo projeto, a adoção da praça seria uma “gentileza urbana”, com a responsabilidade da academia em fazer o embelezamento da área, incentivar a prática esportiva e oferecer um espaço para escolas públicas com horários de uso compartilhados e agendados. “A ideia é trazermos alunos do colégio Gaspar da Costa Moares, por exemplo, para fazer aulas no espaço, mas ainda vamos delinear melhor a força dessa interação”, explica Maurício.

O empresário solicitou também, no projeto inicial, a instalação de quadras de beach tennis na praça, mas o pedido foi negado pela Secretaria de Urbanismo. Ele informou que a própria prefeitura tem projeto de fazer quadras públicas pelo centro de Itajaí.

Lei de 1990 permite a adoção de praças

Ao DIARINHO, a Secretaria de Urbanismo confirmou a adoção via lei municipal 2571 de 1990, da época do prefeito João Omar Macagnan. Pela legislação, uma empresa pode fazer a adoção e a administração de praças, parques e jardins para fins de manutenção, conservação e melhoria dos equipamentos de lazer e cultura.

A adoção pode ser de responsabilidade total, quando o adotante é responsável por toda a manutenção da área, ou de responsabilidade parcial, quando a prefeitura faz o serviço e é ressarcida. Já na adoção através do patrocínio de melhorias, o adotante assume os custos de introdução de melhorias, como equipamentos, iluminação, piso etc.

Quem faz a adoção não pode restringir ou impedir o uso público do espaço. A empresa ainda poderá colocar placas de publicidade na área adotada, em quantidade e dimensão determinadas pela prefeitura. No caso da praça da Beira-rio, será instalada placa da patrocinadora. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano também ficará responsável pela fiscalização.

Além de praças e jardins, as empresas podem fazer a adoção de parques infantis e áreas verdes de uso público, incluindo rótulas e canteiros.