Navegantes
Depois de três anos de abaixo-assinado, moradores continuam se incomodando com balada
Queixa é contra casa noturna no centro da cidade
Juvan Neto [editores@diarinho.com.br]
Os moradores da rua Vicente Honorato Coelho, no centro de Navegantes, completaram três anos de espera desde o primeiro abaixo-assinado, com mais de 100 assinaturas, contra uma casa noturna que, segundo eles, extrapola na região central da cidade não apenas por conta do barulho, mas da segurança no seu entorno – caso já denunciado ao DIARINHO em 2 de abril deste ano.
Segundo a moradora de inicial P. – que pede para não ter seu nome divulgado –, foi em outubro de 2019 que uma comissão inicial de seis vizinhos esteve no Ministério Público, dando entrada no abaixo-assinado. O único resultado até agora seria um pedido de readequação do isolamento acústico, que segundo os vizinhos, ainda acabou sendo parcial, pois o som ainda segue incomodando.
O MP, segundo os moradores, teria solicitado essa adequação sonora ao empreendimento, mas vídeo repassado ao DIARINHO mostra o volume alto durante a balada, na área externa do empreendimento. Motos barulhentas e muitos carros também nas imediações aparecem no vído. E o Município de Navegantes teria sido contatado pelo MP sobre o caso, em seu Instituto do Meio Ambiente (IAN).
Segundo a comunidade, a música segue até 4h da madrugada aos finais de semana, e a parte frontal ainda emite muito som. O incômodo segue com barulho e arruaça na rua, nos horários de saída. Há ainda brigas e rachas entre veículos.
Até mesmo pessoas feridas e sangue nas imediações do estabelecimento já foram relatados. “Os carros e as brigas são os maiores problemas, e ali já teve de tudo, até quebra de porta de entrada e sangue espalhado nas calçadas", revelou outro morador ao DIARINHO, em carta escrita para a redação.
Em janeiro de 2021, o chegou a ser interditado, pois estava irregular. Os moradores não sabem como a boate reabriu, pois ainda existiriam irregularidades – como acessos e entradas num só local. “Tem morador que só dorme abaixo de remédios, por conta dessa situação”, denunciam.
A comunidade ainda suspeita de venda e uso de drogas no entorno, e circulação de traficantes pelo local. “Ficaram um tempo parados, mas agora, alegam que têm alvará”, continua o morador.
O DIARINHO tentou apurar junto à 4ª Promotoria do Ministério Público como está a situação da reivindicação dos moradores após praticamente três anos de espera. O MP informou que só pode se pronunciar por e-mail, tendo em mãos data e número do procedimento encaminhado pelos moradores.
A redação também pediu ao Instituto do Meio Ambiente de Navegantes (IAN) quais e como foram efetuadas as adequações solicitadas ao instituto, que ficou de dar uma posição na última quarta-feira, mas não retornou.