Matérias | Especial


Conectadas e singulares

Não existem fórmulas prontas para uma cidade inteligente, mas iniciativas não faltam

Para entender o que uma cidade tem - ou precisa ter - para ser considerada inteligente, é preciso deixar de lado respostas prontas e levar em consideração todo o amplo conceito de inteligência

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Aplicativo recompensa usuários que optam por deslocamento a pé ou de bicicleta em Itajaí (Foto: Marcos Porto)


As cidades inteligentes - do inglês smart cities - são como os smartphones ou smart TVs: uma reinvenção de algo já existente, mas agora com um diferencial de conectividade, inovação, tecnologia e geração de dados. Mas como esse diferencial se aplica às cidades?

Filmes futuristas geralmente nos mostram soluções urbanas como um carro voador ou um robô faz-tudo, mas a inteligência da cidade vai muito além da tecnologia ou da robotização, e está ligada a própria capacidade de resolver problemas.

“Existe muita perfumaria sobre a definição de cidades inteligentes. Falta talvez trazer uma definição mais acessível. A palavra-chave em cidades inteligentes é inteligência, essa capacidade humana de tomada de decisão”, diz Marcus Rocha, consultor do Sebrae/SC.



“Quando se fala em cidades inteligentes, tem que haver o foco nas pessoas e a tecnologia entra como meio nesse processo. [...] É reorganizar as cidades a partir dos dados. É isso que precisa ser feito”, explica Jamile Sabatini Marques, integrante do Laboratório de pesquisa LabChis, de cidades humanas e inteligentes, ligado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Não é difícil encontrar exemplos de iniciativas inovadoras na região. Uma delas é o projeto de túnel subaquático que vai ligar Itajaí e Navegantes. Outro é o aplicativo MovItajaí, que recompensa os usuários que optarem por deixar os carros em casa e realizarem trajetos a pé ou de bicicleta.

Já em Camboriú, a prefeitura instalou diversos painéis digitais pela cidade, como aqueles que marcam o horário e a temperatura, mas estes servirão também para emitir alertas da Defesa Civil, informar campanhas de vacinação, alterações de trânsito, informes gerais, entre outros.


“O primeiro ponto é a tecnologia a serviço das pessoas. O segundo é o desenvolvimento de uma cultura de práticas de inovação, criatividade e empreendedorismo. E o terceiro é a criação coletiva e design coletivo de serviços urbanos”, acrescenta Marcus.

Integração e  sociedade civil

Apesar da maioria dessas soluções partir das prefeituras, a sociedade civil, universidades e empresas devem ser protagonistas neste processo, dizem os especialistas.

Em Penha, por exemplo, a prefeitura lançou um programa para conectar as câmeras de segurança pública e as câmeras de estabelecimentos privados. A integração faria a cobertura de videomonitoramento da segurança pública municipal passar de 150 para 1 mil câmeras.

Caso a meta fosse obtida, Penha poderia ser a cidade mais vigiada do país. O projeto, anunciado no ano passado, está sendo reanalisado depois da aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).


Já em Balneário Camboriú, a BC Investimentos, empresa mista da prefeitura, faz a ponte entre o poder público e o empresariado para trazer melhorias para a cidade em forma de parceria.

A pesquisadora Jamile Marques indica outra forma de integrar a sociedade civil neste processo: a disponibilização transparente de informações públicas. “O dado tem que estar disponível de forma coletiva para que fique acessível e a população possa criar a partir disso. O dado é como uma praça, uma praia, ele tem que estar disponível para a população como um bem comum”, completa.  

Em Itajaí, uma iniciativa caminha neste sentido. A prefeitura reuniu em um único portal na internet, o GeoItajaí, as informações sobre zoneamento, tamanho de terrenos e áreas, informações sobre metragem das ruas e calçadas, entre outros dados, que servirão para embasar futuras iniciativas - privadas ou públicas.

Singularidade


Não existe uma maneira de medir se uma cidade é mais inteligente do que a outra, mas é possível questionar: a sua cidade é capaz de encontrar soluções inovadoras e de impacto a fim de melhorar a qualidade de vida e bem-estar da população?

Esta perspectiva toca numa questão central na formação de uma cidade inteligente: já que nenhum município é igual ao outro, as soluções também não o serão. Logo, a cidade será inteligente quando for capaz de produzir qualidade de vida e bem-estar para sua população, mas não há uma fórmula pronta para isso.

“É importante que cada região tenha o seu capital. Por exemplo, Lages com o Pinhão. Eu posso fomentar o desenvolvimento de acordo com o capital cultural que aquela região tenha. Eu não posso pegar um modelo e replicar para todas as cidades. Cada um vai ter o seu ambiente cultural que vai ser bem relevante para este desenvolvimento”, completa Jamile.




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