Tráfico internacional  

Pescadores catarinenses ficarão  presos na Espanha   

Barco Mestre Doca I tinha registro no Sindipi, em Itajaí. Defesa tentará com que acusados cumpram pena em Santa Catarina

Descida dos pescadores presos na Espanha/Reprodução.
Descida dos pescadores presos na Espanha/Reprodução.
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Os sete tripulantes do barco pesqueiro catarinense Mestre Doca I, flagrados com 560 kg de cocaína nas ilhas Canárias, na Espanha, no último dia 19, permanecerão detidos provisoriamente até que haja um julgamento pela justiça espanhola. A embarcação tinha três pescadores de Balneário Barra do Sul na tripulação e ainda três brasileiros não identificados e um sétimo acusado com origem francesa. 
 
Adilson Buzzi, advogado dos catarinenses, destacou à emissora de televisão NSC que o grupo está preso no centro penitenciário na Ilha de Tenerife e, pelo fato de não existir tratado internacional de drogas, eles vão a julgamento no país onde teriam cometido o crime. Mas há possibilidade de que a sentença seja cumprida em Santa Catarina.
 
Isso porque há tratado de extradição previsto no processo de tráfico internacional e a defesa pedirá a transferência para o Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, levando em conta questões humanitárias e de proximidade com os familiares brasileiros. O advogado já esteve com familiares dos pescadores em Balneário Barra do Sul, que desde 15 de dezembro não tiveram mais contato com os ocupantes do Mestre Doca I.
 
Eles relataram a apreensão dos últimos dias. O tempo sem dar notícias é comum entre embarcados, mas as notícias relativas à prisão, que como informou o DIARINHO, vazaram em vários grupos de Whatsapp da cidade e litoral norte, acabaram por desesperar muitos familiares. 
 
O barco pesqueiro brasileiro era registrado no Sindicato da Indústria da Pesca de Itajaí (Sindipi) e atuante em Guaratuba, no Paraná, e foi interceptado no mar do arquipélago, pertencente à Espanha. A informação inicial de que na madrugada do dia 19 o pesqueiro brasileiro, de 19 metros, navegava a cerca de 230 milhas náuticas ao norte das Ilhas Canárias, foi se confirmando aos poucos. O carregamento de droga já estava na mira das autoridades espanholas. 
 
O mestre do barco teria tentado fugir da fiscalização, mas a embarcação acabou abordada pela polícia. A droga estava dividida em vários tijolos e dentro de sacolas. De acordo com os agentes espanhóis, a carga do Mestre Doca I é avaliada em 30 milhões de euros.
 
O vídeo divulgado pela Marinha Espanhola mostra o momento em que os pescadores descem da embarcação, já sob escolta policial, e o desembarque da droga num dos portos do país. Dá para identificar claramente o nome do barco, e o volume de cocaína dentro de bolsas impressiona. 
 
A operação ocorreu em conjunto da Guarda Civil, Polícia Nacional e Vigilância Aduaneira do arquipélago das Ilhas Canárias e identificou o barco pesqueiro. O uso do entorno do arquipélago como rota de tráfico é antigo na região, e virou rota comum dos traficantes, com pequenos barcos da América do Sul utilizados para o transporte da droga.  
 
Áudios vazados
 
O pesqueiro, tripulantes e o carregamento da cocaína foram levados para o porto de Santa Cruz de Tenerife. A partir dessa notícia, começaram a vazar áudios na internet de familiares ou conhecidos dos pescadores presos – os quais seriam de uma mesma família, distribuída entre Guaratuba e Balneário Barra do Sul. O jornalista James Klaus, de Balneário Barra do Sul, foi um dos primeiros a apurar na cidade pesqueira catarinense e confirmou ao DIARINHO que os tripulantes – pelo menos três deles – eram mesmo pescadores do município. Nos áudios vazados na internet, circulam vozes de familiares se referindo aos pescadores como “Mosquitinho”, “Murilo”, “Dentinho” e “Leco”.

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